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17/06/2000 - 04h18

FHC dança "porro" na festa da cúpula no Rio

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WILLIAM FRANÇA, da Folha de S.Paulo

O presidente Fernando Henrique Cardoso resistiu por alguns instantes, mas encerrou a noite de quinta-feira pulando ao ritmo de "porro" -espécie de rumba- e sacudindo um chocalho enfeitado, acompanhado por uma bailarina vestida ao estilo de Carmen Miranda.

"Se publicarem a foto, a Ruth vai brigar comigo", afirmou FHC, com a camisa suada e meio despenteado, após a dança. Ruth Cardoso não acompanhou o presidente na viagem oficial porque está em Nova York.

Os fotógrafos não puderam entrar com equipamento no jantar. Apenas o governo da Colômbia registrou a festa, mas não divulgou as imagens.

Como fazem tradicionalmente, depois do show de encerramento, os 30 bailarinos do grupo de carnaval de Barranquilla, conhecidos por "ventoleros", foram para a platéia para envolver os convidados na dança.

O baile é tradicional na cidade vizinha de Cartagena e é animado ao som do porro, o ritmo local, um tipo de rumba.

O primeiro a entrar na dança foi o presidente venezuelano Hugo Chávez, que mostrou familiaridade com a cadência do bailado. Os presidentes da Colômbia, Andrés Pastrana, e do Peru, Alberto Fujimori, foram em seguida.

Em pouco tempo, foi formado um trenzinho com bailarinos, presidentes, primeiros-ministros e chanceleres.

FHC resistiu ao primeiro convite, mas, influenciado pela mulher de Pastrana, cedeu ao segundo. Foi levado pelo braço por uma "ventolera" (bailarina) morena, alta, com roupas coloridas e um grande chapéu, chamado torero.

Ao som da banda Los Chamanes, FHC simulou sambar. Sacudiu bastante a maraca que lhe foi dada e chegou a entrar por alguns instantes no trenzinho que passou novamente por perto.

O bailado presidencial durou cerca de dois minutos. FHC aproveitou uma brecha aberta no grupo e saiu correndo, de volta para a mesa. Tomou água, cochichou algo com a mulher de Pastrana e saiu, pouco depois, suado.

Fazia cerca de 25 graus à noite em Cartagena, que também é bastante úmida. "Vocês sempre se divertindo a minha custa", afirmou FHC aos jornalistas brasileiros.

A festa ocorreu durante jantar oferecido pelo governo colombiano no Castelo de San Felipe, um imenso forte que começou a ser construído no século 16 e levou 208 anos para ficar pronto.

Pouco antes de entrar no carro, de volta para o hotel, FHC disse que não sabia ainda o destino para os cerca de US$ 30 mil que ganhou pelo prêmio Príncipe de Astúrias, do governo espanhol.

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