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08/05/2001 - 15h49

Veja o perfil do ex-ministro da Integração, Fernando Bezerra

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da Folha de S.Paulo

A carreira do ministro Fernando Bezerra, 60, sempre foi marcada por sua participação simultânea em atividades privadas e cargos públicos. Formado em engenharia civil em 1965, Bezerra passou a presidir nesse mesmo ano a construtora da família, a Ecocil Empresa de Construções Civis Ltda.

No ano seguinte, passou a integrar o quadro efetivo do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Rio Grande do Norte, instituição responsável pela construção e conservação das estradas, tornando-se diretor-geral do órgão em 1967 (permaneceu nesse cargo até 1971).

Ainda em 1967, passou a integrar o Conselho Rodoviário do Estado e, no ano seguinte, tornou-se presidente do Clube de Engenharia do Estado. Em 1969, foi nomeado superintendente de Obras do Estado do Rio Grande do Norte, na gestão do governador Walfredo Gurgel. Ficou nessa função até 1971.

Além da Ecocil, Bezerra assumiria o comando de outras empresas criadas por sua família: Agropesca Remoleiro S/A, Graúnas Fazendas de Reflorestamento Ltda., Natal Shopping Centers, Metasa Metais Seridó, Hotéis Parque das Dunas S/A e A/S Empreendimentos, Incorporações e Construções Ltda.

Em 1979 passou a presidir a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte -cargo que ocupou até 1994- e, nessa condição, integrou o Conselho de Administração do BNB (Banco do Nordeste do Brasil S/A), que gerencia a aplicação dos recursos do Finor, de 1981 a 1990.

Apesar de uma rápida passagem pelo movimento estudantil (em 1963, Bezerra foi vice-presidente do Diretório Acadêmico "Ferro Cardoso"), o ministro só começou sua carreira política em 1990, quando foi eleito suplente do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), tendo ajudado a financiar sua campanha. Em 1995, quando Garibaldi tomou posse como governador, Bezerra foi efetivado no Senado.

Nesse mesmo ano, foi eleito presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), sendo reeleito para o cargo em 1998, do qual está licenciado desde que assumiu o ministério.

Também em 1998, Bezerra foi reeleito para o Senado com 539.199 votos (52,34% dos votos válidos). Membro da CPI dos Bancos, recebeu R$ 250 mil de bancos para sua campanha.

Quando essa informação foi divulgada, Bezerra disse que o fato de receber esse tipo de contribuição não é inusitado, já que ele é ligado à iniciativa privada.

Em 19 de maio de 1999, Bezerra assumiu a função de líder do governo no Senado, indicado por Fernando Henrique Cardoso. Após a divulgação dos telefonemas grampeados no BNDES, defendeu FHC de ter influído na privatização da Telebrás: "O presidente não cometeu nenhuma irregularidade. Ele estava apenas torcendo e colaborando para o sucesso da privatização".

No dia 19 de julho, assumiu o Ministério da Integração Nacional, órgão que substituiu a Secretaria de Políticas Regionais (ocupada por Ovídio de Ângelis), para compensar o PMDB pela saída de Renan Calheiros do Ministério da Justiça.

Ainda em 1999, sua firma Ecocil foi acusada de ter recebido irregularmente R$ 500 mil do governo do Rio Grande do Norte. Bezerra disse estar licenciado da Ecocil desde 1994, mas alegou que o pagamento era legal.

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