Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/05/2001 - 03h49

Temer é o favorito para substituir Bezerra

Publicidade

da Folha de S.Paulo, em Brasília

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer (PMDB-SP) é o nome mais cotado para substituir o senador Fernando Bezerra (RN) no Ministério da Integração Nacional. Sua indicação faria parte do plano de composição política para abafar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da corrupção.

Segundo auxiliares, o presidente Fernando Henrique Cardoso manifesta simpatia por Temer. Na cúpula dirigente do PMDB, grupo ao qual pertence o deputado, ele também é o candidato preferido para ocupar o cargo.

Até o começo da noite de ontem, porém, Temer não havia sido convidado. Peemedebistas disseram à Folha que, se chamado, o deputado tenderia a aceitar.

Geddel e Moreira
Com menos chances, dois peemedebistas também constam da lista de ministeriáveis: o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), e o assessor especial da Presidência Moreira Franco, dirigente do PMDB do Rio.

Geddel e Moreira são lembrados por deferência do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ser cotado lhes dá prestígio regional.

Dirigentes do PMDB tinham previsto um jantar para ontem à noite na casa do presidente do Senado, Jader Barbalho (PA), a fim de discutir o substituto de Bezerra, que pediu para sair do PMDB e está migrando para o PTB, pelo qual deseja disputar o governo do Estado no próximo ano.

O grupo de dirigentes do PMDB também deveria se reunir com o ministro-chefe da Secretaria Geral, Aloysio Nunes Ferreira.

Temer tem bom trânsito na bancada do PMDB, da qual já foi líder. Se for escolhido, tiraria de imediato três assinaturas de deputados federais do partido do requerimento de CPI da corrupção: os paulistas Nelo Rodolfo, José Índio e José Eduardo Dado.

O ex-presidente da Câmara também possui diálogo com parte da ala do partido que bombardeia a atual cúpula do PMDB e teria chance de ampliar o número de defecções peemedebistas do total de assinaturas em apoio à CPI solicitada pela oposição.

Na visão do governo, Michel Temer possui boa imagem pública e não foi contaminado, por exemplo, pelas acusações contra o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).

O Palácio do Planalto não quer passar a impressão de que escolherá alguém para o ministério com a finalidade de abafar as investigações do ministério a respeito das recém-extintas Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste).

FHC já pensou em nomear Temer para o Ministério da Justiça. O peemedebista, porém, preferiu aguardar a eleição para a presidência do partido, prevista para setembro. Essa possibilidade deve pesar na sua resposta, se for convidado.
(KENNEDY ALENCAR)
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página