Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/05/2001 - 03h25

"Não queria dar projeção a Brizola", diz deputado que retirou assinatura

Publicidade

da Folha de S.Paulo, no Rio

O deputado federal Luís Eduardo Almeida de Oliveira (PST), 37, conhecido como Luisinho diz que retirou sua assinatura da CPI para evitar que ela se transformasse em palanque político, argumento usado pelo governo.

Luisinho afirma que "não queria criar condições para que Brizola pudesse ganhar projeção". Ele se sente traído pelo líder pedetista, pois diz ter sido preterido pelo PDT para disputar a prefeitura de Belford Roxo, no ano passado.

Folha - Por que o senhor retirou sua assinatura?
Luisinho -
Fiz isso porque não queria que a CPI se transformasse em palanque da oposição. Eu queria uma investigação séria, contra a corrupção, mas quando vi Brizola e Miguel Arraes em Brasília, vi que tudo ia se transformar apenas em instrumento de ataques ao governo. Não voto com o governo, não tenho verbas do governo, mas tenho idéias claras e não iria querer palanque para o Brizola, que tanto me prejudicou em minha carreira política. Queria uma investigação séria.

Folha - O senhor rejeitou estar do mesmo lado que Brizola?
Luisinho -
Na última eleição municipal, eu estava no PDT e tinha pretensão de ser candidato a prefeito de Belford Roxo, mas Brizola vetou meu nome para que pudesse ser indicado o deputado estadual Paulo Ramos, que disputou e perdeu. Foi uma atitude antidemocrática. Não faço bandeira política para ele. Eu poderia ter sido eleito, mas Brizola cassou minhas chances.

Folha - O sr. recebeu pressões do governo para retirar a assinatura?
Luisinho -
Não sou aliado do governo. Minhas emendas orçamentárias não foram liberadas. Os deputados têm o direito legal de indicar projetos para liberação de verbas federais, mas isso depende de vários fatores, como pressão dos prefeitos municipais e influência junto aos ministérios. Eu não fui procurado por ninguém do governo. Nesta semana nem fui a Brasília.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página