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29/05/2001 - 12h56

PFL quer evitar crítica de ACM ao governo em discurso de renúncia

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O PFL está apreensivo quanto ao discurso que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) fará amanhã no plenário, quando irá anunciar sua renúncia. Integrantes do partido se reúnem nesta tarde com o senador baiano para discutir o teor do discurso que fará.

O líder do PFL no Senado, Hugo Napoleão (PI), não descartou a possibilidade do PFL pedir a ACM poupar o governo federal dos ataques e não defender a criação da CPI da Corrupção.

Segundo Napoleão, o partido quer ter uma "melhor percepção" de quais são os objetivos de ACM no discurso e, eventualmente, ponderar ou fazer alguma sugestão. O líder não confirmou os nome de quem estará presente à reunião.

"Tudo vai depender do que ele [ACM] colocar. Há críticas e críticas. Às vezes, elas são até construtivas, são sugestões. Se vier nestes termos, tudo bem, caso contrário, vamos ver o que ele pretende", disse Napoleão.

O líder do partido disse que não conversa com o senador desde quarta-feira (23), quando o Conselho de Ética do Senado aprovou o pedido de abertura do processo de cassação de ACM e do ex-senador José Roberto Arruda (sem partido-DF).

Iniciativa própria

O senador Hugo Napoleão disse que o questionamento feito a José Eduardo Dutra (PT-SE), líder do bloco de oposição no Senado, apresentado por Geraldo Althoff (PFL-SC) sobre como foi o voto do petista na cassação de Luiz Estevão é uma posição individual do senador e que não houve nenhum participação do partido.

O partido vai questionar Althoff também sobre quais foram os motivos dele ter apresentado um requerimento à consultoria jurídica do Senado para saber se os senadores que tiveram conhecimento da lista de votação podem ser punidos.

Napoleão disse que ninguém pode julgar os senadores que tiveram conhecimento de como foram os votos dos senadores na sessão secreta que cassou Estevão. "Nenhum de nós pode, em sã consciência, julgar ninguém."

Napoleão também disse que não deve se dar credibilidade a informações já divulgadas sobre quem teria votado a favor e ou contra a cassação. "É preciso aguardar que os próprios senadores se pronunciem".

Aliado

O senador Waldeck Ornélas (PFL-BA) criticou o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), pelas declarações feitas hoje de que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) estava usando a lista de votação para fazer chantagem. "Não é autor que se cite", disse o senador em referência ao líder.

Segundo Ornélas, tanto ACM quanto o ex-senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) são fones confiáveis sobre como votaram os senadores na cassação de Estevão.

"Se os dois viram a lista, são fontes autênticas para falar sobre elas", disse Ornélas. Ele disse também que quem está duvidando da autenticidade da lista tem "medo da verdade porque contra a cassação".

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