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30/05/2001 - 02h46

Carlistas e opositores dividem ruas na Bahia

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LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

Salvador será palco amanhã de uma "guerra" de manifestações, contra e a favor de Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Há o risco de os manifestantes se encontrarem, uma vez que ficarão separados por apenas 800 metros no centro da capital baiana.

O comando da Polícia Militar, que reprimiu com truculência os atos anti-ACM da semana passada, informou ontem que não está previsto nenhum esquema especial de segurança.

O PFL quer reunir ao menos 50 mil pessoas na manifestação que receberá ACM após sua renúncia, que deve ocorrer hoje.

De acordo com a programação, após desembarcar às 16h, ACM seguirá lentamente de táxi até o centro. ACM descerá a ladeira do Pelourinho até a Fundação Casa de Jorge Amado, onde será saudado pelo bloco Olodum e pelos Filhos de Gandhy, o mais tradicional afoxé da Bahia.

"O partido e o governo estadual não estão gastando nada para fazer a festa. Tudo é muito espontâneo", disse Alencar. Segundo ele, associações de bairros alugaram ônibus para transportar os correligionários do senador. "A CUT e os partidos de oposição também fazem a mesma coisa".

O presidente da União dos Municípios da Bahia, Antonio Mascarenhas (PTB), nega o uso de verbas públicas na solenidade. "Existem prefeitos muito ricos que estão bancando tudo do próprio bolso. Sindicatos e associações também têm dinheiro para transportar as pessoas", disse Mascarenhas, prefeito de Poções.

Trios elétricos participarão da recepção. "Nós não pedimos absolutamente nada", afirmou o presidente do PFL baiano, Francisco Benjamim. A infra-estrutura será completada por dois geradores, já que o Pelourinho está com 35% da iluminação reduzida por conta do racionamento.

Os oposicionistas vêem uso de dinheiro público na manifestação, que fará frente ao ato em que pretendem capitalizar o desgaste do principal líder político baiano.

"Chegou a nossa vez. O senador Antonio Carlos Magalhães está perdido politicamente", disse a deputada estadual Moema Gramacho (PT), uma das organizadores da manifestação, que deverá começar às 15h e se estender até a noite. A oposição fará uma passeata do Campo Grande (centro) à praça Municipal, que fica a 800 metros do Pelourinho -onde estará a concentração pró-ACM.

"Queremos mostrar ao senador que a Bahia democrática e transparente não o quer mais como líder político", disse Gramacho, que afirmou que o líder petista Luiz Inácio Lula da Silva estará presente à manifestação.
 

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