Publicidade
Publicidade
31/05/2001
-
03h02
da Folha de S.Paulo
Antonio Carlos Magalhães renunciou ao mandato para evitar sua cassação pelo Senado. O pedido de cassação foi aprovado pelo Conselho de Ética no último dia 23 por 10 votos contra 5. ACM decidiu renunciar antes que a
Mesa aprovasse a abertura de processo contra ele. Nesse caso, além de
perder o mandato, teria os direitos políticos suspensos por oito anos.
O processo contra ACM decorreu da violação do painel eletrônico do Senado na votação da cassação do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF), em 28 de junho de 2000.
Um dia antes da votação, que seria secreta, o senador José Roberto Arruda (DF), então líder de FHC no Senado, pediu que Regina Célia Peres Borges, diretora do Prodasen, conseguisse a lista dos votos para ACM, presidente do Senado.
Naquela noite, Regina, com a ajuda de seu marido, Ivar Alves Ferreira, técnico do Prodasen, e de Heitor Ledur, operador do sistema, modificou o programa do painel para obter a lista, entregue após a votação a Arruda. À noite, este mostrou a lista a ACM, que telefonou a Regina.
A partir daí, surgiram rumores sobre como teriam votado os senadores até que, em fevereiro deste ano, ACM revelou a procuradores da República que tinha visto a lista com os votos.
A conversa foi revelada pelo procurador Luiz Francisco de Souza. ACM então negou ter tido acesso à lista, mas mudou sua versão depois que a própria Regina Célia confessou a violação do painel. Na semana passada, o Conselho de Ética aprovou o relatório de Saturnino Braga (PSB-RJ), pedindo a cassação de ACM e Arruda, que renunciou no dia seguinte.
Saiba o que levou ACM a renunciar ao seu mandato
Publicidade
Antonio Carlos Magalhães renunciou ao mandato para evitar sua cassação pelo Senado. O pedido de cassação foi aprovado pelo Conselho de Ética no último dia 23 por 10 votos contra 5. ACM decidiu renunciar antes que a
Mesa aprovasse a abertura de processo contra ele. Nesse caso, além de
perder o mandato, teria os direitos políticos suspensos por oito anos.
O processo contra ACM decorreu da violação do painel eletrônico do Senado na votação da cassação do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF), em 28 de junho de 2000.
Um dia antes da votação, que seria secreta, o senador José Roberto Arruda (DF), então líder de FHC no Senado, pediu que Regina Célia Peres Borges, diretora do Prodasen, conseguisse a lista dos votos para ACM, presidente do Senado.
Naquela noite, Regina, com a ajuda de seu marido, Ivar Alves Ferreira, técnico do Prodasen, e de Heitor Ledur, operador do sistema, modificou o programa do painel para obter a lista, entregue após a votação a Arruda. À noite, este mostrou a lista a ACM, que telefonou a Regina.
A partir daí, surgiram rumores sobre como teriam votado os senadores até que, em fevereiro deste ano, ACM revelou a procuradores da República que tinha visto a lista com os votos.
A conversa foi revelada pelo procurador Luiz Francisco de Souza. ACM então negou ter tido acesso à lista, mas mudou sua versão depois que a própria Regina Célia confessou a violação do painel. Na semana passada, o Conselho de Ética aprovou o relatório de Saturnino Braga (PSB-RJ), pedindo a cassação de ACM e Arruda, que renunciou no dia seguinte.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice