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31/05/2001
-
03h18
da Folha de S.Paulo
da Agência Folha, em Porto Alegre
Dois dos principais opositores do governo federal e prováveis presidenciáveis em 2002 reagiram com críticas ao discurso de renúncia do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O terceiro, o pedetista Leonel Brizola (PDT) admitiu que poderia se aliar a ACM, de quem era historicamente adversário, na hipótese de ser formada uma frente ampla das oposições.
O líder petista e possível presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva criticou, em nota, o discurso. "Se o ACM do discurso de renúncia ao Senado representasse a prática do ACM que ficou seis anos no governo FHC, o Brasil não estaria mergulhado na crise e na imoralidade que está hoje", disse.
Lula também criticou as declarações de ACM de que tudo o que faz é pensando na Bahia. "Se a devoção que ele diz dedicar à Bahia fosse traduzida em políticas públicas quando ele era o imperador do Estado, certamente a grande maioria dos baianos não enfrentaria tanta pobreza".
Ciro Gomes, presidenciável pelo PPS, rechaçou insinuações de estaria solidário com ACM e de que teria lhe enviado uma carta de apoio. "Não tenho nenhuma razão para me solidarizar com um homem que, durante seis anos, foi braço direito de um governo que combato", disse Ciro, referindo-se ao ex-senador baiano.
Ele atribuiu as críticas à chance que teria de vencer em 2002. "De mim, estão dizendo muitas coisas na medida em que começo a representar uma ameaça mais concreta a esse mundo corrupto, que é essa mistura de oligarquia com os setores mais alienados", disse.
Mesmo assim, Ciro afirmou que a questão envolvendo ACM e o ex-senador José Roberto Arruda (sem partido, ex-PSDB) "não é o mais grave dos problemas".
O presidenciável citou a crise energética e dificuldades econômicas do país como exemplos de fatos aos quais se deve dar mais importância.
Aliança possível
O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, disse em Porto Alegre que aceitaria ACM como um dos integrantes de uma grande frente oposicionista ao governo Fernando Henrique Cardoso nas eleições presidenciais de 2002.
"Os partidos de oposição não podem assumir atitudes incompatíveis com as necessidades de somar forças", disse Brizola, procurando dar um tom de pragmatismo a suas declarações.
Questionado sobre a possibilidade de incluir nesse amplo espectro o ex-senador baiano, o pedetista disse sorrindo que "também pode ser".
Brizola e ACM são antigos e tradicionais adversários na política brasileira.
Oposição critica discurso de ACM; Brizola admite aliança em 2002
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da Agência Folha, em Porto Alegre
Dois dos principais opositores do governo federal e prováveis presidenciáveis em 2002 reagiram com críticas ao discurso de renúncia do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O terceiro, o pedetista Leonel Brizola (PDT) admitiu que poderia se aliar a ACM, de quem era historicamente adversário, na hipótese de ser formada uma frente ampla das oposições.
O líder petista e possível presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva criticou, em nota, o discurso. "Se o ACM do discurso de renúncia ao Senado representasse a prática do ACM que ficou seis anos no governo FHC, o Brasil não estaria mergulhado na crise e na imoralidade que está hoje", disse.
Lula também criticou as declarações de ACM de que tudo o que faz é pensando na Bahia. "Se a devoção que ele diz dedicar à Bahia fosse traduzida em políticas públicas quando ele era o imperador do Estado, certamente a grande maioria dos baianos não enfrentaria tanta pobreza".
Ciro Gomes, presidenciável pelo PPS, rechaçou insinuações de estaria solidário com ACM e de que teria lhe enviado uma carta de apoio. "Não tenho nenhuma razão para me solidarizar com um homem que, durante seis anos, foi braço direito de um governo que combato", disse Ciro, referindo-se ao ex-senador baiano.
Ele atribuiu as críticas à chance que teria de vencer em 2002. "De mim, estão dizendo muitas coisas na medida em que começo a representar uma ameaça mais concreta a esse mundo corrupto, que é essa mistura de oligarquia com os setores mais alienados", disse.
Mesmo assim, Ciro afirmou que a questão envolvendo ACM e o ex-senador José Roberto Arruda (sem partido, ex-PSDB) "não é o mais grave dos problemas".
O presidenciável citou a crise energética e dificuldades econômicas do país como exemplos de fatos aos quais se deve dar mais importância.
Aliança possível
O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, disse em Porto Alegre que aceitaria ACM como um dos integrantes de uma grande frente oposicionista ao governo Fernando Henrique Cardoso nas eleições presidenciais de 2002.
"Os partidos de oposição não podem assumir atitudes incompatíveis com as necessidades de somar forças", disse Brizola, procurando dar um tom de pragmatismo a suas declarações.
Questionado sobre a possibilidade de incluir nesse amplo espectro o ex-senador baiano, o pedetista disse sorrindo que "também pode ser".
Brizola e ACM são antigos e tradicionais adversários na política brasileira.
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