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07/06/2001 - 04h37

Comissão do Senado vai reabrir caso EJ

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

A CFC (Comissão de Fiscalização e Controle) do Senado vai retomar a investigação das denúncias de enriquecimento ilícito contra Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência do governo Fernando Henrique Cardoso.

Devido à reportagem publicada ontem pela Folha, o presidente da comissão, senador Ney Suassuna (PMDB-PB), decidiu encaminhar ofício ao secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, pedindo explicações sobre a existência de um relatório sigiloso que levantaria dúvidas sobre declarações de renda apresentadas por EJ.

Segundo a reportagem da Folha, o documento da Receita -que circularia entre autoridades do governo- diz que há ""divergências, atos nebulosos e falta de contabilização de dados relevantes" em declarações de renda do ex-assessor de FHC. Suassuna quer que Maciel explique o significado das afirmações contidas no documento e diga se há ou não irregularidades nas declarações.

O senador decidiu convidar EJ e os procuradores Luiz Francisco de Souza e Guilherme Schelb para depor na CFC. A data não foi marcada. Suassuna disse que poderá propor uma acareação entre eles.

Os procuradores investigam denúncias de que EJ teria praticado tráfico de influência quando estava no governo e de que teria facilitado a liberação de verbas para as obras do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo, que foram desviadas.

"Existem pontos nebulosos", disse Suassuna. Segundo ele, embora há mais de um mês a CFC tivesse aprovado os requerimentos com os convites a EJ, Luiz Francisco e Schelb, o assunto estava parado no Senado "porque não havia clima na Casa". Ele se refere ao processo contra os ex-senadores Antonio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda pelo envolvimento na violação do painel.

A CFC decidiu também convidar Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor de Negócios da Área Internacional e Comercial do Banco do Brasil, para que explique denúncias de que houve cobrança de comissões na privatização das empresas do setor de telefonia e de um possível envolvimento da Previ, empresa de previdência do Banco do Brasil.

O requerimento aprovado foi apresentado pelo próprio presidente da comissão. ""Não é para pôr fogo? Então vamos pôr fogo", afirmou Suassuna, não mostrando nenhuma disposição em poupar o governo.
 

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