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19/06/2001
-
02h48
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O auditor fiscal do Banco Central responsável por relatório que aponta envolvimento do presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), em desvio de recursos no Banpará (Banco do Estado do Pará) deverá ser convidado a depor no Senado.
Os senadores Paulo Hartung (PPS-ES) e Heloísa Helena (PT-AL) apresentaram ontem requerimento convidando Abrahão Patruni Júnior a depor na CFC (Comissão de Fiscalização e Controle). O requerimento precisa ser aprovado pela comissão, o que pode acontecer hoje.
"A situação de Jader se complica mais a cada dia", disse Hartung, líder do PPS. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara também analisa hoje se chama Patruni para depor.
O auditor consultará seus superiores no BC para decidir se atende o convite dos congressistas.
O PMDB não pretende se envolver com o problema do senador. "Compete a ele [Jader" se defender", afirmou o senador Maguito Vilela (GO), presidente do partido. Ele se reúne hoje com 27 diretórios estaduais e, segundo afirmou, o assunto não será tratado.
"Ele está sendo acusado por questões de ordem particular e não por fazer algo em nome do PMDB. Por isso, o partido não tem que se manifestar. Mas seremos solidários ao senador Jader enquanto não for provado nada contra ele", disse Maguito. "A situação dele é constrangedora", disse Ney Suassuna (PMDB-PB).
Hoje, parlamentares da oposição se reúnem, na casa de Hartung, para discutir a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Mas o assunto principal deverá ser Jader. A oposição quer tomar uma posição conjunta sobre o caso.
Telefonemas
Ontem, o "Jornal do Brasil" publicou declarações de Patruni de que está disposto a prestar esclarecimentos e de que seu relatório não deixa dúvidas de que Jader e familiares seus foram os beneficiários das aplicações do Banpará.
No fim de semana, a revista ""Veja" publicou que extratos telefônicos do empresário José Osmar Borges -acusado de desviar mais de R$ 100 milhões da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia)- mostram que houve 18 ligações entre ele e o senador durante três meses de 1999 e dois de 2000.
Jader havia minimizado seu relacionamento com o empresário, mas depois admitiu sociedade em uma fazenda, desfeita em 98. Ontem, negou os telefonemas. "Desconheço. Não sei do que se trata".
O senador disse estar "acostumado com denúncias sem fundamento, que não se comprovam nunca". Sua assessoria divulgou uma nota que cita as reportagens publicadas contra o senador e faz comentários sobre elas. Ao final, diz que os assuntos são explicados na página de Jader na internet (www.jaderbarbalho.com.br).
Auditor do BC deve depor no Senado sobre Banpará
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O auditor fiscal do Banco Central responsável por relatório que aponta envolvimento do presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), em desvio de recursos no Banpará (Banco do Estado do Pará) deverá ser convidado a depor no Senado.
Os senadores Paulo Hartung (PPS-ES) e Heloísa Helena (PT-AL) apresentaram ontem requerimento convidando Abrahão Patruni Júnior a depor na CFC (Comissão de Fiscalização e Controle). O requerimento precisa ser aprovado pela comissão, o que pode acontecer hoje.
"A situação de Jader se complica mais a cada dia", disse Hartung, líder do PPS. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara também analisa hoje se chama Patruni para depor.
O auditor consultará seus superiores no BC para decidir se atende o convite dos congressistas.
O PMDB não pretende se envolver com o problema do senador. "Compete a ele [Jader" se defender", afirmou o senador Maguito Vilela (GO), presidente do partido. Ele se reúne hoje com 27 diretórios estaduais e, segundo afirmou, o assunto não será tratado.
"Ele está sendo acusado por questões de ordem particular e não por fazer algo em nome do PMDB. Por isso, o partido não tem que se manifestar. Mas seremos solidários ao senador Jader enquanto não for provado nada contra ele", disse Maguito. "A situação dele é constrangedora", disse Ney Suassuna (PMDB-PB).
Hoje, parlamentares da oposição se reúnem, na casa de Hartung, para discutir a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Mas o assunto principal deverá ser Jader. A oposição quer tomar uma posição conjunta sobre o caso.
Telefonemas
Ontem, o "Jornal do Brasil" publicou declarações de Patruni de que está disposto a prestar esclarecimentos e de que seu relatório não deixa dúvidas de que Jader e familiares seus foram os beneficiários das aplicações do Banpará.
No fim de semana, a revista ""Veja" publicou que extratos telefônicos do empresário José Osmar Borges -acusado de desviar mais de R$ 100 milhões da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia)- mostram que houve 18 ligações entre ele e o senador durante três meses de 1999 e dois de 2000.
Jader havia minimizado seu relacionamento com o empresário, mas depois admitiu sociedade em uma fazenda, desfeita em 98. Ontem, negou os telefonemas. "Desconheço. Não sei do que se trata".
O senador disse estar "acostumado com denúncias sem fundamento, que não se comprovam nunca". Sua assessoria divulgou uma nota que cita as reportagens publicadas contra o senador e faz comentários sobre elas. Ao final, diz que os assuntos são explicados na página de Jader na internet (www.jaderbarbalho.com.br).
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