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23/06/2001 - 03h57

"Ministro José Serra parece mulher de malandro", diz Geddel

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KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), comparou ontem o ministro José Serra (Saúde) a "mulher de malandro" e disse que o tucano caiu numa "armadilha" ao participar de uma solenidade em Salvador com o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).

"Respeito o ministro, mas ele está parecendo mulher de malandro, que gosta de apanhar. Outro dia, na TV, ACM o comparou a Enéas [Enéas Carneiro, presidenciável do Prona], dizendo que ele não tinha chance de se eleger presidente, e vive dizendo que o presidente Fernando Henrique [Cardoso], chefe do Serra, é leniente com a corrupção", afirmou o líder do PMDB na Câmara.

A Folha telefonou para a assessoria do ministro às 16h15, mas ele estava em viagem de Salvador para São Paulo. Até as 19h não foi dada resposta.

Visita
Geddel ficou contrariado com Serra porque ele voltou atrás e decidiu manter a programação na Bahia. O peemedebista e o líder do PSDB na Câmara, Jutahy Magalhães (BA), adversários de ACM, chegaram a convencê-lo a cancelar a visita. Defendiam que ele assinasse em Brasília os convênios com as prefeituras.

Jutahy e Geddel queriam evitar que ACM faturasse politicamente, o que ocorreu ontem, quando o ex-senador foi mais aplaudido do que Serra na cerimônia.

O líder tucano também ficou contrariado com Serra, mas não criticou publicamente o ministro, porque é amigo dele e defende a sua candidatura presidencial.

"Dando risada"
"Só os ingênuos dos tucanos poderiam imaginar que ACM não estaria presente. Caíram numa armadilha. Estou dando risada e tendo um são João dos mais felizes", ironizou Geddel.

Serra foi convencido a ir à Bahia depois que deputados pefelistas, entre os quais José Carlos Aleluia, disseram que ACM não estaria presente.
No entanto, o ex-senador, que controla o governo estadual, cancelou viagem à Europa e surpreendeu o ministro.

Na quarta-feira, Geddel bateu boca com o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Secretaria Geral) e criticou Serra. Os desentendimentos entre os aliados são resultado das disputas regionais por causa das eleições de 2002.

Apoio
Os governistas do PMDB não gostaram da aproximação do ministro da Saúde com PFL.

Apesar dos ataques a Aloysio e a Serra, Geddel disse que continua a apoiar o presidente Fernando Henrique Cardoso.

O peemedebista também disse que deseja que o PMDB fique no governo e evite, na convenção do partido em setembro, que o governador de Minas Gerais, Itamar Franco, seja lançado como candidato à Presidência da República em 2002 pelo partido.
 

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