Publicidade
Publicidade
30/07/2001
-
19h12
SILVANA DE FREITAS
da Folha de S.Paulo
A juíza Maísa Giudice, da 17ª Vara Federal em Brasília, intimou o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, para que ele responda, no prazo de dez dias, a 15 perguntas formuladas pelo presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
A interpelação judicial de Fraga foi pedida pelo advogado de Jader, Antônio Mariz de Oliveira, em petição movida hoje mesmo. Todas as perguntas são relativas à atuação do BC nas investigações sobre desvios de recursos do Banpará.
A iniciativa coincide com a perspectiva de o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, receber de técnicos do BC informações que serviriam de base para ele requisitar inquérito criminal contra Jader no STF (Supremo Tribunal Federal) e quebra do sigilo bancário nessa investigação.
As respostas de Fraga poderão ser úteis para que Jader mova eventualmente uma ação contra ele por crime contra a honra se os advogados do senador comprovarem que a instituição fez acusações infundadas a ele.
Caso contrário, os esclarecimentos do BC poderão enfraquecer ainda mais o presidente licenciado do Senado.
Jader contesta basicamente a mudança recente de posição do BC em relação ao caso Banpará. Segundo o senador, o banco afirmou sucessivamente a ausência de provas, mas, em março último, elaborou um documento informativo no qual concluiu que um dos cheques administrativos teria sido desviado a "pessoas tidas como ligadas" a ele.
Ele sugere que houve a quebra ilegal de seu sigilo bancário nessa apuração recente, porque o BC não dispunha de autorização judicial para adotar essa medida.
Fraga terá que esclarecer, por exemplo, se é verdadeira ou não informação sobre a existência de provas de beneficiamento direto de Jader.
Se essa resposta for afirmativa, Jader perguntará por que essas conclusões não integraram a apuração realizada em 1992, quando o presidente do BC era Francisco Gros, e por que elas não foram mencionadas pelo próprio Fraga em correspondência ao Ministério Público do Pará em abril último.
O Banco Central informou que só se pronunciará sobre a decisão da juíza quando tomar conhecimento oficial da intimação.
Leia mais no especial Jader Barbalho
Armínio Fraga terá de responder a perguntas de Jader sobre Banpará
Publicidade
da Folha de S.Paulo
A juíza Maísa Giudice, da 17ª Vara Federal em Brasília, intimou o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, para que ele responda, no prazo de dez dias, a 15 perguntas formuladas pelo presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
A interpelação judicial de Fraga foi pedida pelo advogado de Jader, Antônio Mariz de Oliveira, em petição movida hoje mesmo. Todas as perguntas são relativas à atuação do BC nas investigações sobre desvios de recursos do Banpará.
A iniciativa coincide com a perspectiva de o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, receber de técnicos do BC informações que serviriam de base para ele requisitar inquérito criminal contra Jader no STF (Supremo Tribunal Federal) e quebra do sigilo bancário nessa investigação.
As respostas de Fraga poderão ser úteis para que Jader mova eventualmente uma ação contra ele por crime contra a honra se os advogados do senador comprovarem que a instituição fez acusações infundadas a ele.
Caso contrário, os esclarecimentos do BC poderão enfraquecer ainda mais o presidente licenciado do Senado.
Jader contesta basicamente a mudança recente de posição do BC em relação ao caso Banpará. Segundo o senador, o banco afirmou sucessivamente a ausência de provas, mas, em março último, elaborou um documento informativo no qual concluiu que um dos cheques administrativos teria sido desviado a "pessoas tidas como ligadas" a ele.
Ele sugere que houve a quebra ilegal de seu sigilo bancário nessa apuração recente, porque o BC não dispunha de autorização judicial para adotar essa medida.
Fraga terá que esclarecer, por exemplo, se é verdadeira ou não informação sobre a existência de provas de beneficiamento direto de Jader.
Se essa resposta for afirmativa, Jader perguntará por que essas conclusões não integraram a apuração realizada em 1992, quando o presidente do BC era Francisco Gros, e por que elas não foram mencionadas pelo próprio Fraga em correspondência ao Ministério Público do Pará em abril último.
O Banco Central informou que só se pronunciará sobre a decisão da juíza quando tomar conhecimento oficial da intimação.
Leia mais no especial Jader Barbalho
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice