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22/08/2001 - 16h24

Promotor quer ampliar quebra de sigilo bancário de Maluf

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SÍLVIA FREIRE
da Folha Online

Os promotores que investigam o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf nos supostos ilícitos de evasão de divisa e improbidade administrativa confirmam ter recebido na manhã de hoje o documento do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) informando que Maluf é dono de uma empresa que tem depósitos no paraíso fiscal da ilha de Jersey, no canal da Mancha.

Segundo o promotor Silvio Marques, da Promotoria da Cidadania, o Ministério Público está estudando a ampliação da quebra de sigilo bancário do ex-prefeito.


A quebra de sigilo bancário autorizada pelo juiz Maurício Lemos Porto é a partir de janeiro de 1993_ quando Maluf assumiu a prefeitura paulistana. A intenção dos promotores é incluir nas investigações sobre as movimentações financeiras de Maluf no período anterior a 1993.

O documento do Coaf diz que, segundo as autoridades financeiras de Jersey, a conta externa de Maluf foi aberta em 1985 na Suíça e, em 1997, foi transferida para Jersey.

Segundo os promotores, não há confirmação sobre o valor que estaria depositado na conta. O Ministério Público calcula que seja de US$ 200 milhões.

De acordo com o promotor Marcelo Mendroni, do Gaeco (Grupo de Atuação Especialde Repressão ao Crime Organizado), a origem do dinheiro pode ter
sido possíveis superfaturamentos em obras públicas. "Nenhuma hipótese será descartada", afirmou.

O documento enviado pelo governo da Suíça informa que Maluf abriu uma conta no Citibank daquele país em julho de 1985 e, em 1997, a transferiu para o mesmo banco em Jersey.

A conta foi aberta originalmente em nome da empresa Blue Diamond Ltd, constituída nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal do Caribe. Essa empresa, cujo beneficiário era Paulo Maluf, mudou de nome mais tarde para Red Ruby Ltd.

 

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