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24/08/2001
-
03h21
da Folha de S. Paulo
O líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (BA), disse ontem que a falta de quorum deverá inviabilizar a CPI do Banespa. Ele afirmou que já acertou o esvaziamento das sessões da CPI com os líderes na Câmara do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), e do PMDB, Geddel Vieira Lima (BA).
"Ainda vou falar sobre o assunto com o líder do PPB, deputado Odelmo Leão (MG)."
Segundo Jutahy, essa foi a maneira encontrada para punir o deputado Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP), que era governador de São Paulo quando foi decretada a intervenção do Banco Central no Banespa, em dezembro de 1994. Fleury foi eleito presidente da CPI do Banespa anteontem, por 12 votos contra 2. Derrotou o deputado Salvador Zimbaldi (PSDB-SP).
O ex-governador foi o autor do requerimento da CPI, criada para investigar o período de intervenção do BC no Banespa, privatizado em 1999. "Regimentalmente, não podemos fazer nada porque os deputados votaram nele. Politicamente, Fleury errou porque descumpriu o acordo de que a presidência da CPI deveria ficar com o PSDB, e a relatoria, com o PFL", disse o líder tucano.
Jutahy chegou a propor ao líder do PTB na Câmara, Roberto Jefferson (RJ), que, caso Fleury renunciasse, a presidência da CPI ficaria com um deputado tucano que não fosse de São Paulo. "O Roberto Jefferson me ligou para dizer que o Fleury não concordou", disse Jutahy.
"Não existe forma regimental de mudar a minha eleição", afirmou Fleury. O ex-governador argumenta que forjaram um balanço para justificar a intervenção no banco. Investigações do BC apontaram como causa da quebra do Banespa o uso político que os governadores - especialmente Orestes Quércia (1987) e o próprio Fleury (1991-1994)- fizeram do banco.
O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), um dos que votaram em Fleury, disse que o ex-governador "tem interesse em apurar o que aconteceu durante a intervenção". Ele prefere Fleury na presidência a um tucano. "Não creio que nenhum tucano seja isento para o cargo porque o presidente do BC na época da intervenção era o Pedro Malan [ministro da Fazenda", o Ciro Gomes era o ministro da Fazenda, e o Itamar Franco, presidente da República", afirmou. "Só teríamos um presidente isento se fosse do PT."
Berzoini disse que, na época da intervenção, não estava caracterizada a insolvência do Banespa.
Até o fechamento desta edição, a Folha não conseguiu ouvir o deputado Fleury sobre a estratégia de líderes na Câmara para o esvaziamento das sessões da CPI.
Governistas querem esvaziar CPI do Banespa
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O líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (BA), disse ontem que a falta de quorum deverá inviabilizar a CPI do Banespa. Ele afirmou que já acertou o esvaziamento das sessões da CPI com os líderes na Câmara do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), e do PMDB, Geddel Vieira Lima (BA).
"Ainda vou falar sobre o assunto com o líder do PPB, deputado Odelmo Leão (MG)."
Segundo Jutahy, essa foi a maneira encontrada para punir o deputado Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP), que era governador de São Paulo quando foi decretada a intervenção do Banco Central no Banespa, em dezembro de 1994. Fleury foi eleito presidente da CPI do Banespa anteontem, por 12 votos contra 2. Derrotou o deputado Salvador Zimbaldi (PSDB-SP).
O ex-governador foi o autor do requerimento da CPI, criada para investigar o período de intervenção do BC no Banespa, privatizado em 1999. "Regimentalmente, não podemos fazer nada porque os deputados votaram nele. Politicamente, Fleury errou porque descumpriu o acordo de que a presidência da CPI deveria ficar com o PSDB, e a relatoria, com o PFL", disse o líder tucano.
Jutahy chegou a propor ao líder do PTB na Câmara, Roberto Jefferson (RJ), que, caso Fleury renunciasse, a presidência da CPI ficaria com um deputado tucano que não fosse de São Paulo. "O Roberto Jefferson me ligou para dizer que o Fleury não concordou", disse Jutahy.
"Não existe forma regimental de mudar a minha eleição", afirmou Fleury. O ex-governador argumenta que forjaram um balanço para justificar a intervenção no banco. Investigações do BC apontaram como causa da quebra do Banespa o uso político que os governadores - especialmente Orestes Quércia (1987) e o próprio Fleury (1991-1994)- fizeram do banco.
O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), um dos que votaram em Fleury, disse que o ex-governador "tem interesse em apurar o que aconteceu durante a intervenção". Ele prefere Fleury na presidência a um tucano. "Não creio que nenhum tucano seja isento para o cargo porque o presidente do BC na época da intervenção era o Pedro Malan [ministro da Fazenda", o Ciro Gomes era o ministro da Fazenda, e o Itamar Franco, presidente da República", afirmou. "Só teríamos um presidente isento se fosse do PT."
Berzoini disse que, na época da intervenção, não estava caracterizada a insolvência do Banespa.
Até o fechamento desta edição, a Folha não conseguiu ouvir o deputado Fleury sobre a estratégia de líderes na Câmara para o esvaziamento das sessões da CPI.
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