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04/09/2001
-
02h35
da Folha de S. Paulo
O ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) voltou ontem a negar que tenha feito ligações para a ilha de Jersey, conforme afirmação da vereadora Ana Martins (PC do B), presidente da CPI municipal da Dívida Pública de São Paulo, e reafirmou sua disposição em processá-la pela declaração.
"Como eu não me lembro de ter ligado e como minha casa tem cinco linhas-tronco e o escritório tantas outras, pode ser que alguém tenha ligado. Só quero saber para que número, que estabelecimento, se foram 15 segundos ou 20 minutos", disse.
"Não acredito que tenha havido ligações, mas, como ela fez a afirmação e eu não posso chamá-la de mentirosa nem de mentirosa contumaz, quero acreditar que ela só foi mal informada", afirmou.
Segundo Ana Martins, "inúmeros" telefonemas de Maluf para a ilha de Jersey já foram identificados a partir da quebra do sigilo telefônico do ex-prefeito.
Na ilha, um paraíso fiscal pertencente ao Reino Unido, estima-se que cerca de US$ 200 milhões estejam depositados em nome da família do ex-prefeito paulistano.
Depois da quebra do sigilo da família de Maluf, já foram descobertas ligações originárias de linhas telefônicas pertencentes ao filho mais velho do ex-prefeito, Flávio Maluf, para o Citibank de Genebra, na Suíça.
Documentos do governo suíço informam que o pepebista foi beneficiário de conta aberta em agência do Citibank na cidade até janeiro de 1997.
Depois disso o dinheiro foi transferido para a agência do mesmo banco em Jersey.
Em nota divulgada anteontem, o pepebista já havia dito que a vereadora o acusava de forma "irresponsável". Em resposta, ela limitou-se a afirmar que não iria "morder a isca para não dar a Maluf os argumentos de que ele precisa para detonar a CPI".
O ex-prefeito também se recusou a comentar informações de que teriam sido descobertas ligações suas para empresas de diamantes. "É tão absurdo. Não posso repercutir mentiras", disse.
As negativas do pepebista sobre o caso se repetem desde junho, quando a Folha revelou a existência dos depósitos em Jersey.
Além de anunciar que, se tivesse os recursos, doaria toda a quantia para a Santa Casa de São Paulo, o ex-prefeito está processando os promotores que investigam o caso. Maluf afirmou ainda que deverá comparecer a seus depoimentos marcados na CPI da Dívida Pública e na da Educação.
Leia mais no especial caso Maluf
"Não me lembro de ter ligado", diz Maluf
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O ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) voltou ontem a negar que tenha feito ligações para a ilha de Jersey, conforme afirmação da vereadora Ana Martins (PC do B), presidente da CPI municipal da Dívida Pública de São Paulo, e reafirmou sua disposição em processá-la pela declaração.
"Como eu não me lembro de ter ligado e como minha casa tem cinco linhas-tronco e o escritório tantas outras, pode ser que alguém tenha ligado. Só quero saber para que número, que estabelecimento, se foram 15 segundos ou 20 minutos", disse.
"Não acredito que tenha havido ligações, mas, como ela fez a afirmação e eu não posso chamá-la de mentirosa nem de mentirosa contumaz, quero acreditar que ela só foi mal informada", afirmou.
Segundo Ana Martins, "inúmeros" telefonemas de Maluf para a ilha de Jersey já foram identificados a partir da quebra do sigilo telefônico do ex-prefeito.
Na ilha, um paraíso fiscal pertencente ao Reino Unido, estima-se que cerca de US$ 200 milhões estejam depositados em nome da família do ex-prefeito paulistano.
Depois da quebra do sigilo da família de Maluf, já foram descobertas ligações originárias de linhas telefônicas pertencentes ao filho mais velho do ex-prefeito, Flávio Maluf, para o Citibank de Genebra, na Suíça.
Documentos do governo suíço informam que o pepebista foi beneficiário de conta aberta em agência do Citibank na cidade até janeiro de 1997.
Depois disso o dinheiro foi transferido para a agência do mesmo banco em Jersey.
Em nota divulgada anteontem, o pepebista já havia dito que a vereadora o acusava de forma "irresponsável". Em resposta, ela limitou-se a afirmar que não iria "morder a isca para não dar a Maluf os argumentos de que ele precisa para detonar a CPI".
O ex-prefeito também se recusou a comentar informações de que teriam sido descobertas ligações suas para empresas de diamantes. "É tão absurdo. Não posso repercutir mentiras", disse.
As negativas do pepebista sobre o caso se repetem desde junho, quando a Folha revelou a existência dos depósitos em Jersey.
Além de anunciar que, se tivesse os recursos, doaria toda a quantia para a Santa Casa de São Paulo, o ex-prefeito está processando os promotores que investigam o caso. Maluf afirmou ainda que deverá comparecer a seus depoimentos marcados na CPI da Dívida Pública e na da Educação.
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