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07/09/2001
-
15h27
da Folha de S.Paulo
O ex-prefeito Paulo Maluf é cliente antigo do escritório de advocacia suíço Brunschwig Wittmer. Reportagem publicada na edição de ontem do jornal suíço "Le Temps(www.letemps.ch) (O Tempo), de Genebra, afirmou que Maluf e seu filho mais velho, Flávio, reuniram-se várias vezes com representantes do escritório, da companhia financeira HBK, também suíça, e do Citibank para discutir a gestão de US$ 300 milhões aplicados em fundos de investimento de que a família Maluf é beneficiária.
Em maio do ano passado, a fusão do Brunschwig Wittmer com o concorrente Schellenberg & Haissly originou o Schellenberg Wittmer, um dos mais conceituados do país, que manteve o contrato de assessoria com Maluf.
O escritório estaria encarregado atualmente de tentar o desbloqueio e transferência dos recursos de Jersey em nome do ex-prefeito, de sua mulher, Sylvia, dos quatro filhos, Flávio, Otávio, Lígia e Lina, e da mulher de Flávio, Jacqueline.
O dinheiro foi transferido da Suíça para o Citibank da ilha de Jersey em janeiro de 1997. A Folha informou no último domingo que foi o Cititrust das ilhas Cayman, subsidiária do Citibank, que abriu a primeira conta de que Maluf foi beneficiário, em nome da empresa Red Rubi (Rubi Vermelho).
Negativas
Apesar da confirmação da existência do dinheiro pelas autoridades financeiras da Suíça, a família Maluf tem negado ser dona ou beneficiária de contas no exterior.
Nega também que tenha contratado os serviços do escritório suíço. Uma das seis áreas em que o Schellenberg Wittmer se diz especialista é a financeira. A HBK é uma empresa de gestão de fundos com sede na Suíça.
Em nota à imprensa, o ex-prefeito disse os jornais estão sendo municiados por "um falso informante internacional e que agora tem o seu orçamento mensal engordado pelo PT de São Paulo" (leia íntegra nesta página). Na última quarta-feira, Maluf atribuiu as informações divulgadas jornal "Tribune de Genève" (Tribuna de Genebra), de que está sendo investigado por autoridades locais, à ação de um "petista suíço".
Coincidência
O "Le Temps" considerou uma coincidência "perturbadora" o fato de, na mesma época em que assessoravam Maluf, a HBK e o escritório Brunschwig Wittmer tenham prestado serviços semelhantes a uma pessoa próxima ao ditador nigeriano Sani Abacha, cuja fortuna foi bloqueada.
Abacha morreu de ataque cardíaco, em 1998, quase cinco anos depois de chegar ao poder. Depois de sua morte, a família devolveu US$ 750 milhões desviados dos cofres públicos pelo ditador. Os Abacha também eram clientes do Citibank de Genebra.
Segundo a reportagem do "Le Temps", Maluf teria US$ 300 milhões em Jersey, US$ 100 milhões a mais do que o valor noticiado inicialmente. O ex-prefeito, segundo o jornal, foi durante anos um dos mais importantes clientes de uma gerência especial do Citibank de Genebra, que atende exclusivamente os donos de grandes fortunas.
Maluf, de acordo com a reportagem, está sendo investigado pelo Serious Fraud Office (Escritório de Fraudes Graves), um departamento da polícia do Reino Unido especializada em crimes financeiros, interessada em descobrir a relação entre o ex-prefeito e "seus parceiros suíços".
A Folha noticiou a abertura de inquérito contra Maluf pela polícia da ilha de Jersey, paraíso fiscal subordinado à coroa britânica.
Leia mais no especial caso Maluf
Maluf pode ter movimentado US$ 300 milhões, diz jornal suíço
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O ex-prefeito Paulo Maluf é cliente antigo do escritório de advocacia suíço Brunschwig Wittmer. Reportagem publicada na edição de ontem do jornal suíço "Le Temps(www.letemps.ch) (O Tempo), de Genebra, afirmou que Maluf e seu filho mais velho, Flávio, reuniram-se várias vezes com representantes do escritório, da companhia financeira HBK, também suíça, e do Citibank para discutir a gestão de US$ 300 milhões aplicados em fundos de investimento de que a família Maluf é beneficiária.
Em maio do ano passado, a fusão do Brunschwig Wittmer com o concorrente Schellenberg & Haissly originou o Schellenberg Wittmer, um dos mais conceituados do país, que manteve o contrato de assessoria com Maluf.
O escritório estaria encarregado atualmente de tentar o desbloqueio e transferência dos recursos de Jersey em nome do ex-prefeito, de sua mulher, Sylvia, dos quatro filhos, Flávio, Otávio, Lígia e Lina, e da mulher de Flávio, Jacqueline.
O dinheiro foi transferido da Suíça para o Citibank da ilha de Jersey em janeiro de 1997. A Folha informou no último domingo que foi o Cititrust das ilhas Cayman, subsidiária do Citibank, que abriu a primeira conta de que Maluf foi beneficiário, em nome da empresa Red Rubi (Rubi Vermelho).
Negativas
Apesar da confirmação da existência do dinheiro pelas autoridades financeiras da Suíça, a família Maluf tem negado ser dona ou beneficiária de contas no exterior.
Nega também que tenha contratado os serviços do escritório suíço. Uma das seis áreas em que o Schellenberg Wittmer se diz especialista é a financeira. A HBK é uma empresa de gestão de fundos com sede na Suíça.
Em nota à imprensa, o ex-prefeito disse os jornais estão sendo municiados por "um falso informante internacional e que agora tem o seu orçamento mensal engordado pelo PT de São Paulo" (leia íntegra nesta página). Na última quarta-feira, Maluf atribuiu as informações divulgadas jornal "Tribune de Genève" (Tribuna de Genebra), de que está sendo investigado por autoridades locais, à ação de um "petista suíço".
Coincidência
O "Le Temps" considerou uma coincidência "perturbadora" o fato de, na mesma época em que assessoravam Maluf, a HBK e o escritório Brunschwig Wittmer tenham prestado serviços semelhantes a uma pessoa próxima ao ditador nigeriano Sani Abacha, cuja fortuna foi bloqueada.
Abacha morreu de ataque cardíaco, em 1998, quase cinco anos depois de chegar ao poder. Depois de sua morte, a família devolveu US$ 750 milhões desviados dos cofres públicos pelo ditador. Os Abacha também eram clientes do Citibank de Genebra.
Segundo a reportagem do "Le Temps", Maluf teria US$ 300 milhões em Jersey, US$ 100 milhões a mais do que o valor noticiado inicialmente. O ex-prefeito, segundo o jornal, foi durante anos um dos mais importantes clientes de uma gerência especial do Citibank de Genebra, que atende exclusivamente os donos de grandes fortunas.
Maluf, de acordo com a reportagem, está sendo investigado pelo Serious Fraud Office (Escritório de Fraudes Graves), um departamento da polícia do Reino Unido especializada em crimes financeiros, interessada em descobrir a relação entre o ex-prefeito e "seus parceiros suíços".
A Folha noticiou a abertura de inquérito contra Maluf pela polícia da ilha de Jersey, paraíso fiscal subordinado à coroa britânica.
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