Publicidade
Publicidade
19/11/2001
-
12h05
CAMILO TOSCANO
da Folha Online
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse hoje, em discurso feito na abertura da 3ª Assembléia Geral da Conferência Parlamentar das Américas (Copa), no Rio de Janeiro, que os países em desenvolvimento têm nas negociações comerciais -intensificadas nos últimos anos- um caminho para ampliar sua força de barganha.
"Só através das rodadas de negociação mais amplas é que poderemos [os países em desenvolvimento] ter força", disse ele, em discurso no qual atacou, em diversos momentos, a posição dos países mais ricos sobre o comércio internacional.
FHC afirmou que, recentemente, escreveu cartas a vários líderes mundiais e fez discursos (na Espanha, na França e nos EUA) sobre as relações internacionais e o comércio, como forma de marcar a posição desfavorável dos países em desenvolvimento. De acordo com o presidente, os EUA estão mais "flexíveis" para negociar, após os atentados contra o World Trade Center e o Pentágono, no dia 11 de setembro.
A assembléia, que acontece no hotel Sofitel Rio Palace, irá debater, entre outros temas, os próximos passos para a implementação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
No início de sua fala, FHC chegou a brincar com a composição da mesa para o encontro. "Quem preside os trabalhos [da assembléia], o deputado Geraldo Majela (PT-MG), pertence a um dos partidos mais críticos ao meu governo. Isso é democracia", disse ele, em meio aos aplausos da platéia.
Comércio
Um dos principais pontos defendidos por FHC em seu discurso foi a mudança nas negociações sobre o comércio agrícola -segundo ele, um dos mecanismos que os países em desenvolvimento têm para alavancar suas economias.
Para ele, o comércio agrícola é um tema fundamental, e já está sendo admitido como tema de discussão. Na reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio), realizada em em Doha (capital do Qatar) na semana passada, a discussão sobre o comércio de produtos agrícolas ficou em aberto.
FHC atacou as técnicas protecionistas, principalmente as de antiduping, que estariam sendo utilizadas pelos países mais ricos.
O presidente também afirmou que o comércio deveria ser usado para auxiliar os países em desenvolvimento a crescerem e para diminuir a desigualdade.
"Não há outro caminho para diminuir a desigualdade, senão aumentar o crescimento dos países em desenvolvimento. É necessário que haja crescimento econômico e uma estratégia de combate à pobreza. O comércio tem que ser um instrumento para o crescimento e combater a pobreza", afirmou.
Segundo ele, um quinto da população mundial vive com menos de US$ 1 por dia, e mais da metade com menos de US$ 2 por dia.
FHC diz que comércio é solução para países em desenvolvimento
Publicidade
da Folha Online
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse hoje, em discurso feito na abertura da 3ª Assembléia Geral da Conferência Parlamentar das Américas (Copa), no Rio de Janeiro, que os países em desenvolvimento têm nas negociações comerciais -intensificadas nos últimos anos- um caminho para ampliar sua força de barganha.
"Só através das rodadas de negociação mais amplas é que poderemos [os países em desenvolvimento] ter força", disse ele, em discurso no qual atacou, em diversos momentos, a posição dos países mais ricos sobre o comércio internacional.
Beto Barata/Folha Imagem |
Fernando Henrique Cardoso |
A assembléia, que acontece no hotel Sofitel Rio Palace, irá debater, entre outros temas, os próximos passos para a implementação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
No início de sua fala, FHC chegou a brincar com a composição da mesa para o encontro. "Quem preside os trabalhos [da assembléia], o deputado Geraldo Majela (PT-MG), pertence a um dos partidos mais críticos ao meu governo. Isso é democracia", disse ele, em meio aos aplausos da platéia.
Comércio
Um dos principais pontos defendidos por FHC em seu discurso foi a mudança nas negociações sobre o comércio agrícola -segundo ele, um dos mecanismos que os países em desenvolvimento têm para alavancar suas economias.
Para ele, o comércio agrícola é um tema fundamental, e já está sendo admitido como tema de discussão. Na reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio), realizada em em Doha (capital do Qatar) na semana passada, a discussão sobre o comércio de produtos agrícolas ficou em aberto.
FHC atacou as técnicas protecionistas, principalmente as de antiduping, que estariam sendo utilizadas pelos países mais ricos.
O presidente também afirmou que o comércio deveria ser usado para auxiliar os países em desenvolvimento a crescerem e para diminuir a desigualdade.
"Não há outro caminho para diminuir a desigualdade, senão aumentar o crescimento dos países em desenvolvimento. É necessário que haja crescimento econômico e uma estratégia de combate à pobreza. O comércio tem que ser um instrumento para o crescimento e combater a pobreza", afirmou.
Segundo ele, um quinto da população mundial vive com menos de US$ 1 por dia, e mais da metade com menos de US$ 2 por dia.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice