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07/01/2002 - 18h36

PF abre inquérito para investigar reverendo Moon em MS

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da Agência Folha, em Campo Grande

A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul abriu o primeiro inquérito para apurar as atividades que o líder religioso sul-coreano Sun Myung Moon, o reverendo Moon, mantém no Estado desde 1997.

A PF investiga denúncias de um ex-seguidor de Moon, que acusa a Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial, nome da organização de Moon no Brasil, de lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos, estelionato e irregularidades trabalhistas.

O inquério faz parte de uma ofensiva maior, iniciada no fim do ano passado, para investigar os investimentos do coreano em MS. Além da PF, o Exército e a Assembléia Legislativa fazem parte de uma espécie de operação conjunta contra Moon.

Em novembro do ano passado, durante audiência pública na Assembléia, o comandante do Comando Militar do Oeste, general Sérgio Conforto, disse que a maior preocupação do Exército é com a área que Moon comprou na fronteira do Paraguai, próxima à área que adquiriu em MS.

Na época, Conforto disse que a estratégia de Moon "dá a impressão de que querem juntar as duas áreas"

O representante legal de Moon no Estado, Neudir Ferabolli, não respondeu aos pedidos para comentar o caso. No ano passado, ele havia dito que é "uma grande coincidência do destino" o fato de que Moon comprou terras no Paraguai vizinhas à área que possui no Brasil. Ele descarta as acusações contra a seita.

Na Assembléia, o deputado estadual Jerson Domingos (PSL) preside a Comissão para Acompanhamento das Atividades do Reverendo Moon em MS. Há duas semanas, o deputado enviou requerimentos a diversos órgãos públicos, como Incra, Ibama e Receita Federal, pedindo informações sobre a organização de Moon.

A organização possui hoje em Mato Grosso do Sul cerca de 83 mil hectares, além de mais cerca de 800 mil hectares no Paraguai, o equivalente a 2% do território daquele país.

No lado brasileiro, Moon também investiu em imóveis, rádios, hotéis e até um time de futebol no interior do Estado. Os investimentos no Estado chegam a US$ 35,5 milhões, segundo a própria organização.
 

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