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22/01/2002 - 12h58

Alckmin reafirma que vai ampliar contingente de policiais no Estado

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CAMILO TOSCANO
da Folha Online

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), quer colocar mais 6.000 policiais nas ruas do Estado de São Paulo. Segundo ele, esse contingente realiza atividades administrativas e podem ser substituídos por estagiários. O governador já havia anunciado a medida no domingo passado (20), logo após ter sido encontrado o corpo do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT).

Alckmin afirmou que conta com a agilidade da Assembléia Legislativa do Estado para a aprovação do projeto que cria os cargos de estagiários para as funções administrativas. Segundo ele, cada estagiário receberá dois salários mínimos (R$ 360), e a expectativa é a de que os novos cargos sejam criados em no mínimo três meses.

Amanhã o governador prometeu divulgar novas medidas de segurança no âmbito estadual, após se reunir com integrantes do governo e especialistas da área. Alckmin afirmou que as medidas estaduais serão mais rápidas e eficazes, porque não dependerão do Congresso Nacional, como a maioria das propostas anunciadas ontem.

Para o governador, a demora para a adoção de propostas de combate à violência se deve ao processo legislativo.

Celulares
Embora tenha divulgado a intenção de suspender a comercialização dos telefones celulares pré-pagos, considerados pelo governador como "alimento ao crime", Alckmin jogou qualquer decisão sobre o assunto para o governo federal e a Anatel (Agência Nacional de Telefonia).

"O celular pré-pago não é problema do governo do Estado. É um problema do país todo", afirmou. "Isso tudo vai ser analisado pela Anatel." Alckmin disse que, no momento de "guerra" por qual passa o Estado de São Paulo, algumas medidas prejudiciais para alguns setores devem ser tomadas.

Hoje o presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente da Anatel, Roberto Guerreiro, se reúnem para debater o assunto.

Alckmin também disse que é impossível evitar a entrada de celulares em presídios. "Por mais que se faça vigilância, às vezes é impossível evitar que entrem [em prisões]", afirmou. Segundo ele, o ideal é interromper o funcionamento dos celulares nesses locais.

Integração
Um dos pontos considerados cruciais pelo governador de São Paulo no combate à violência é a integração dos trabalhos das polícias federal, militar e civil, que, segundo ele, já está ocorrendo.

"Nós [o Estado] não podemos unificar polícias, porque a Constituição não permite. Mas podemos integrá-las. Isso já estamos fazendo", disse. "A integração não deve se dar entre governo do Estado e governo Federal. Deve ser também com o município."

Leia mais:no especial sobre sequestro
 

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