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18/02/2002
-
06h58
do enviado a Palmas
A Polícia Federal encontrou o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) dormindo em seu apartamento, em Belém, às 8h de anteontem, quando o prendeu. Jader acordou calmo e não resistiu. Era o começo de um dos dias mais longos e difíceis da sua vida.
A operação de prisão começou a ser montada na quarta. Na quinta, quando Jader já era vigiado informalmente, a PF contratou dois aviões Caravans em Palmas, para transportar os acusados que seriam presos em Belém e Altamira.
O delegado Luís Fernando Machado bateu na porta do apartamento de Jader e foi recebido por uma empregada, que afirmou que ele não estava. Após ser ameaçada com voz de prisão, ela decidiu colaborar e acordou o ex-senador.
Durante o vôo, Jader não reagiu à decisão da PF de algemá-lo, mas pediu para o chefe da sua segurança conseguir um livro para encobrir as algemas. O livro era "Tempos Muitos Estranhos", de Doris Kearns Goodwin, que retrata o período vivido por Franklin e Leonor Roosevelt durante a Segunda Guerra Mundial.
O ex-senador ficou em uma cela com o ex-superintendente da Sudam Arthur Guedes Tourinho. Passou a maior parte do tempo sentado numa das camas. Na outra cela, Maria Auxiliadora Barra Martins lia a Bíblia.
Do lado de fora, havia curiosos, o que levou um ex-funcionário da Vale do Rio Doce a aproveitar a situação para vender cachorro-quente. Um cartaz manifestava o seu apoio à prisão de Jader: "Parabéns, meritíssimo juiz. O povo do Pará lhe agradece". A estudante de engenharia ambiental Gorete Serra, 30, aguardava a saída de Jader. "Se esse homem dormir na cadeia, volto a acreditar no país."
Na saída do ex-senador, o vendedor de cachorro-quente improvisou um novo cartaz: "Tenha um breve retorno. O seu lugar é aqui".
Jader escondeu algema com livro
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A Polícia Federal encontrou o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) dormindo em seu apartamento, em Belém, às 8h de anteontem, quando o prendeu. Jader acordou calmo e não resistiu. Era o começo de um dos dias mais longos e difíceis da sua vida.
A operação de prisão começou a ser montada na quarta. Na quinta, quando Jader já era vigiado informalmente, a PF contratou dois aviões Caravans em Palmas, para transportar os acusados que seriam presos em Belém e Altamira.
O delegado Luís Fernando Machado bateu na porta do apartamento de Jader e foi recebido por uma empregada, que afirmou que ele não estava. Após ser ameaçada com voz de prisão, ela decidiu colaborar e acordou o ex-senador.
Durante o vôo, Jader não reagiu à decisão da PF de algemá-lo, mas pediu para o chefe da sua segurança conseguir um livro para encobrir as algemas. O livro era "Tempos Muitos Estranhos", de Doris Kearns Goodwin, que retrata o período vivido por Franklin e Leonor Roosevelt durante a Segunda Guerra Mundial.
O ex-senador ficou em uma cela com o ex-superintendente da Sudam Arthur Guedes Tourinho. Passou a maior parte do tempo sentado numa das camas. Na outra cela, Maria Auxiliadora Barra Martins lia a Bíblia.
Do lado de fora, havia curiosos, o que levou um ex-funcionário da Vale do Rio Doce a aproveitar a situação para vender cachorro-quente. Um cartaz manifestava o seu apoio à prisão de Jader: "Parabéns, meritíssimo juiz. O povo do Pará lhe agradece". A estudante de engenharia ambiental Gorete Serra, 30, aguardava a saída de Jader. "Se esse homem dormir na cadeia, volto a acreditar no país."
Na saída do ex-senador, o vendedor de cachorro-quente improvisou um novo cartaz: "Tenha um breve retorno. O seu lugar é aqui".
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