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18/02/2002 - 14h25

Pedido de prisão de Jader teve como base caso do juiz Nicolau

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SÍLVIA FREIRE
da Folha Online

O juiz Alderico Rocha Santos, da Justiça Federal de Tocantins, que determinou a prisão provisória do ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) na sexta-feira, diz que baseou seu pedido na "magnitude da lesão aos cofres públicos" e nas decisões judiciais que mantiveram a prisão preventiva do juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, acusado de comandar esquema que desviou R$ 169,5 milhões das obras do TRT-SP.


Alan Marques/Folha Imagem
Jader Barbalho (PMDB-PA)
Em uma nota de esclarecimento, Santos justificou o pedido de prisão de Jader e de outros dez suspeitos de desviarem mais de R$ 132 milhões da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia). No final de semana, o presidente do TRF da 1ª Região, Fernando Tourinho Neto, concedeu habeas corpus para todos os réus.

De acordo com a nota, o juiz federal disse ter entendido que há semelhanças entre os esquemas de desvio de dinheiro da Sudam e do TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho), supostamente comandado por Nicolau.

"Tratando-se de situações fáticas semelhantes, o tratamento jurídico deveria ser o mesmo", diz a nota.

O juiz aposentado teve a prisão preventiva decretada em abril de 2000, pela 1ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, mas ficou foragido por oito meses, quando se entregou a polícia.

Desde então, Nicolau teve diversos pedidos de habeas corpus negados tanto pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) quanto pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Os outros réus no processo, o senador cassado Luiz Estevão e os empresários Fábio Monteiro de Barros e José Eduardo Teixeira Ferraz, no entanto, tiveram a prisão preventiva suspensa e respondem processo em liberdade.

Na nota, o juiz diz que sua decisão foi devidamente fundamentada em 40 laudas e que não levou em conta a posição social ou política dos acusados.

Depois de solto, Jader disse que o pedido de prisão teve motivação política. O ex-senador, que renunciou ao mandato em outubro para evitar a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar, deve disputar o governo do Pará em outubro.

O juiz evitou comentar também a decisão de Tourinho Neto que revogou as prisões provisórias dos 11 acusados.

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