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12/06/2007 - 20h22

Polícia Federal apresenta relatório final sobre Operação Xeque-Mate amanhã

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da Folha Online

A Polícia Federal deverá apresentar amanhã à Justiça Federal em Mato Grosso do Sul o relatório final do inquérito sobre a Operação Xeque-Mate, que desarticulou suposta máfia de caça níqueis. Nesta terça-feira, o delegado que preside o inquérito, Alexandre Custódio, analisou todos os documentos apreendidos e os depoimentos dos suspeitos de envolvimento com a quadrilha.

O relatório será encaminhado ao juiz Dalton Igor Kita Conrado, da 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS), que analisará o documento e encaminhará ao Ministério Público Federal. Os procuradores poderão ou não oferecer denúncia contra os citados no relatório.

Além de elaborar o relatório, o delegado também analisou a possibilidade de pedir à Justiça a prisão preventiva dos dos suspeitos de integrarem a máfia.

Segundo a assessoria da PF em Campo Grande, Custódio ainda não informou se pedirá a preventiva de todos ou de apenas parte dos 67 suspeitos que ainda estão presos. Se houver necessidade, o delegado também poderá tomar novos depoimentos dos suspeitos.

A operação prendeu 80 pessoas, mas apenas 67 tiveram a prisão temporária prorrogada na sexta-feira pela Justiça. A temporária vence amanhã.

Suspeitos

Entre os suspeitos de integrarem a máfia dos caça-níqueis está Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi indiciado no caso por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário. A PF chegou a pedir a prisão do irmão de Vavá, mas a Justiça indeferiu o pedido.

O presidente disse hoje que duvida que seu irmão tenha feito lobby junto ao governo. Para Lula, Vavá está mais para ingênuo do que para lobista. "Não acredito que Vavá seja lobista. Ele está mais para ingênuo", disse Lula, antes de participar da abertura do Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT.

Ontem, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, outro irmão do presidente Lula, admitiu ao "Jornal da Globo" ter ligado no dia 20 de maio deste ano a Vavá para advertir o irmão de que ele estaria fazendo um suposto lobby no governo e marcar um encontro dele com Lula em Brasília, informa reportagem de hoje da Folha.

Operação

No dia 4 de junho, a PF prendeu 76 pessoas. No dia seguinte, a PF anunciou a prisão de mais duas pessoas --Nilton Cézar Servo e seu filho, Victor Servo.

Cézar Servo é investigado por ser dono de máquinas de caça-níqueis em vários Estados e teria ligações com Vavá e com o compadre de Lula, Dario Morelli Filho. Os dois seriam sócios em uma casa de jogos na Baixada Santista.

Na noite do dia 6, Hércules Mandetta Neto, irmão do secretário municipal de Saúde de Campo Grande (MS), Luiz Henrique Mandetta, que estava foragido, se apresentou à PF. No dia 8, Ari Silas Portugal, também se entregou.

Com isso, a PF já prendeu 80 pessoas na operação. Cinco acusados ainda estão foragidos.

 

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