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23/03/2002
-
13h09
do Banco de Dados
A fazenda Córrego da Ponte está situada no município de Buritis (noroeste de MG) e é formalmente uma empresa agrícola que tem como sócios os filhos de Fernando Henrique Cardoso.
O cargo de administrador é dividido entre Luciana Cardoso, filha do presidente, e Jovelino Mineiro, genro de um ex-governador de São Paulo, Roberto Abreu Sodré, de quem FHC é amigo desde quando, nos anos 60, ambos se conheceram na França.
A propriedade tem 1.100 hectares, com pastagem para gado brangus, cruzamento entre o nelore e o abeerden-angus, plantação de soja (300 hectares), milho, milheto para silagem e café irrigado. Em 1999 o faturamento foi estimado em R$ 500 mil.
A Córrego da Ponte já foi alvo de manifestações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em pelo menos duas outras oportunidades.
Na primeira delas, em novembro de 1999, cerca de 200 sem-terra e assentados daquela região montaram um acampamento em frente à fazenda, lá permanecendo por cinco dias.
Diante da ameaça de invasão, tropas do Exército foram deslocadas para fazer a segurança da fazenda, e os manifestantes só deixaram o local após a promessa feita pelo Incra de liberação de R$ 3 milhões para o plantio em seus assentamentos.
Durante o protesto, sem-terra chegaram a saquear um caminhão da fazenda, levando adubo e soja, mas os produtos foram devolvidos quando os manifestantes deixaram o local.
Em setembro de 2000, cerca de 300 integrantes do MST voltaram a acampar em frente ao portão principal da fazenda e ameaçaram invadi-la.
Mais de 300 soldados do Exército e policiais federais, no entanto, já faziam a segurança da fazenda desde julho, após iniciativa do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Alberto Cardoso.
A presença do Exército e da PF na área gerou uma crise entre o governo federal e o governador de Minas Gerais, Itamar Franco.
Itamar deu um ultimato ao presidente para que retirasse as tropas da fazenda e não descartou nem mesmo um conflito entre as Forças Armadas e a PM mineira.
Em um segundo momento, o governador mineiro ameaçou desapropriar a fazenda.
Após 58 horas de "vigília", os sem-terra desfizeram o acampamento montado em frente à fazenda e se dirigiram para Buritis, após acertar novas negociações com o governo.
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A fazenda Córrego da Ponte está situada no município de Buritis (noroeste de MG) e é formalmente uma empresa agrícola que tem como sócios os filhos de Fernando Henrique Cardoso.
O cargo de administrador é dividido entre Luciana Cardoso, filha do presidente, e Jovelino Mineiro, genro de um ex-governador de São Paulo, Roberto Abreu Sodré, de quem FHC é amigo desde quando, nos anos 60, ambos se conheceram na França.
A propriedade tem 1.100 hectares, com pastagem para gado brangus, cruzamento entre o nelore e o abeerden-angus, plantação de soja (300 hectares), milho, milheto para silagem e café irrigado. Em 1999 o faturamento foi estimado em R$ 500 mil.
A Córrego da Ponte já foi alvo de manifestações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em pelo menos duas outras oportunidades.
Na primeira delas, em novembro de 1999, cerca de 200 sem-terra e assentados daquela região montaram um acampamento em frente à fazenda, lá permanecendo por cinco dias.
Diante da ameaça de invasão, tropas do Exército foram deslocadas para fazer a segurança da fazenda, e os manifestantes só deixaram o local após a promessa feita pelo Incra de liberação de R$ 3 milhões para o plantio em seus assentamentos.
Durante o protesto, sem-terra chegaram a saquear um caminhão da fazenda, levando adubo e soja, mas os produtos foram devolvidos quando os manifestantes deixaram o local.
Em setembro de 2000, cerca de 300 integrantes do MST voltaram a acampar em frente ao portão principal da fazenda e ameaçaram invadi-la.
Mais de 300 soldados do Exército e policiais federais, no entanto, já faziam a segurança da fazenda desde julho, após iniciativa do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Alberto Cardoso.
A presença do Exército e da PF na área gerou uma crise entre o governo federal e o governador de Minas Gerais, Itamar Franco.
Itamar deu um ultimato ao presidente para que retirasse as tropas da fazenda e não descartou nem mesmo um conflito entre as Forças Armadas e a PM mineira.
Em um segundo momento, o governador mineiro ameaçou desapropriar a fazenda.
Após 58 horas de "vigília", os sem-terra desfizeram o acampamento montado em frente à fazenda e se dirigiram para Buritis, após acertar novas negociações com o governo.
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