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20/06/2007 - 19h02

Novo relator do caso Renan ameaça entregar o cargo se votação for adiada

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), novo relator do processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje que vai abrir mão do cargo se o seu texto não for discutido pelo Conselho de Ética do Senado nesta noite.

Senadores da base aliada e da oposição pressionam o conselho pelo adiamento da votação para que novas investigações sejam realizadas sobre Renan.

"Me sinto preparado para relatar. Se não for relatá-lo hoje, vou me afastar do cargo e abro mão do relatório", disse Salgado.

O presidente do conselho, senador Sibá Machado (PT-AC), chegou a propor o adiamento da votação uma vez que a maioria dos integrantes do órgão foram favoráveis a novas investigações --entre eles quatro senadores da base aliada do governo: Eduardo Suplicy (PT-SP), Augusto Botelho (PT-RR), Renato Casagrande (PSB-ES) e Valter Pereira (PMDB-MS).

Assim como os quatro senadores, os líderes do PSDB e do DEM também defenderam o adiamento da votação em nome de suas bancadas. Ao todo, DEM e PSDB reúnem cinco dos 15 integrantes do Conselho de Ética.

Com a adesão de Suplicy, Casagrande, Botelho, Pereira e do senador Jefferson Peres (PDT-AM) à proposta de adiamento, o grupo aliado de Renan não terá maioria para aprovar hoje o relatório do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) que absolve o presidente do Senado das denúncias.

Salgado, que é um dos aliados de Renan no conselho, foi oficializado como relator esta manhã em substituição ao senador Epitácio Cafeteira --que está de licença médica do Senado por dez dias. O peemedebista disse que colocaria em votação "de qualquer jeito" o relatório nesta quarta-feira.

Aliados de Renan têm pressa para a votação do relatório porque temem que novas denúncias possam complicar a situação política do senador. O presidente do Senado é acusado de usar recursos da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

A oposição também quer investigar a movimentação fiscal do senador depois que Renan foi acusado de apresentar notas frias e negociar com "laranjas" a venda de gado em Alagoas. PSDB e DEM alegam que a perícia da Polícia Federal em documentos de Renan apontam irregularidades que precisam ser melhor investigadas.

 

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