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26/03/2002 - 20h47

Após bebedeira em fazenda de presidente, MST impõe "lei seca"

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da Agência Folha, em Teodoro Sampaio

Preocupados com a repercussão negativa para o movimento, com as notícias de consumo de bebida alcoólica durante a invasão da fazenda Córrego da Ponte, em Buritis (MG), os líderes do MST, no Pontal, implantaram a "lei seca" no acampamento da fazenda Santa Maria, em Teodoro Sampaio.

Sérgio Pantaleão, 22, que comanda os invasores na fazenda, disse que a proibição de bebidas alcoólicas nos assentamentos e acampamentos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na região "é uma norma antiga''. Segundo ele, a orientação foi reforçada aos sem-terra para "evitar desgastes".

Pantaleão questionou a divulgação de imagens de garrafas vazias após a desocupação da fazenda dos filhos do presidente FHC em Buritis (noroeste de MG). "Prenderam os líderes e montaram um esquema para passar uma imagem irreal do movimento'', afirmou.

Segundo ele, imagens de sem-terra destruindo soja na fazenda Santa Maria também são usadas "com malandragem pela mídia''. "Estamos próximos a 1.064 hectares de soja, abrimos uma clareira de menos de quinhentos metros para instalar o acampamento e parece que destruímos toda a soja da fazenda'', disse.

Pantaleão não quis comentar o pedido de sua prisão, feito à Justiça pelo advogado Takeo Konishi, que representa o agropecuarista Jovelino Mineiro. Pantaleão, uma espécie de braço direito de José Rainha Jr. tem se destacado como a liderança mais visível do MST na região do Pontal nos últimos dois anos.

Sempre ao lado de Rainha, Pantaleão escapou ileso do atentado sofrido pelo líder do MST no último dia 16 de janeiro. Pantaleão fingiu-se de morto quando disparos atingiram seu veículo.

Perseguido, Rainha foi atingido por um disparo feito supostamente pelo fazendeiro Roberto Junqueira. Depois de 14 dias preso, Junqueira responde em liberdade a processo por tentativa de homicídio.

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