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25/06/2007 - 14h02

Sibá quer transferir para líderes indicação de relator para caso Renan

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC), cogita repassar para os líderes dos partidos aliados a responsabilidade pela indicação de um novo relator para o processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan é acusado de usar o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para pagar aluguel e pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

Antes de viajar para o Acre no final de semana passado, Sibá disse que tentaria encontrar um relator até domingo. Ele retornou hoje a Brasília sem a indicação de um substituto para Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que pediu afastamento da relatoria alegando problemas de saúde.

Sibá já adiantou que os aliados têm preferência no cargo uma vez que o relator original do processo integra a base de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os aliados de Renan não cobram pressa para a escolha do relator. A estratégia de parte do peemedebistas é adiar ao máximo o processo e dessa forma tirar Renan do foco das denúncias.

Mas a oposição pede pressa na escolha de um relator para que a votação no Conselho de Ética tenha prosseguimento. Sibá disse que só vai dar prosseguimento à representação contra Renan depois da escolha do novo relator.

Relatoria

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), se ofereceu para relatar o processo contra Renan. Raupp, no entanto, é suplente do conselho. Para assumir a relatoria, teria que substituir em definitivo um dos senadores do partido no Conselho de Ética.

Na semana passada, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) chegou a assumir a relatoria do processo por menos de 24 horas.

Salgado voltou atrás depois que o conselho decidiu adiar mais uma vez a votação do relatório de Cafeteira --que inocenta Renan.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também disse estar disponível para a função. Mas há resistências sobre o nome do petista uma vez que Suplicy vem cobrando maiores investigações sobre Renan.

No relatório de Cafeteira, não foram incluídas as denúncias de que o presidente do Senado teria fraudado notas fiscais para comprovar rendimentos com a venda de gado em Alagoas.

Mais investigação

O Conselho de Ética decidiu adiar a votação do relatório para aprofundar as investigações contra Renan após o surgimento de índicios de irregularidades nos documentos apresentados pelo senador para se defender das acusações de ter usado Gontijo para pagar suas depesas com Mônica.

Para comprovar que seus ganhos eram compatíveis com os pagamentos, Renan apresentou documentos que apontam para um ganho de R$ 1,9 milhão, nos últimos quatro anos, com a venda de gado.

Reportagem do "Jornal Nacional" contestou autenticidade das notas fiscais de venda de gado apresentadas pela defesa de Renan.

O Conselho de Ética pediu então para a Polícia Federal periciar a autenticidade dos documentos apresentados por Renan.

A perícia verificou que Renan entregou notas fiscais com indícios de fraude, além de documentos que apresentam, entre si, uma "diferença" de 511 cabeças de gado na venda declarada, cerca de R$ 600 mil, quase um terço do que ele afirma ter ganho com atividades agropecuárias desde 2003.

 

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