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25/06/2007 - 16h58

Relatoria do caso Renan deve ficar com comissão tripartite, diz líder do PMDB

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Com o impasse sobre a escolha de um novo relator para o processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética do Senado, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse hoje acreditar que três senadores sejam escalados para formar uma comissão que vai relatar o caso. Raupp, que é líder do PMDB no Senado, afirmou que a "trinca" é uma solução para a relatoria já que os senadores escolhidos para a função poderiam dividir responsabilidades.

O líder disse que já conversou com o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), sobre a possibilidade de três senadores relatarem simultaneamente o processo.

"Desde o início fui simpático a essa idéia. Podemos até dividir a relatoria entre o governo e a oposição", afirmou.

O senador havia se colocado à disposição para relatar o processo contra Renan na última sexta-feira, mas hoje voltou atrás. "Eu, como líder e amigo de Renan, não seria de bom alvitre que assumisse a relatoria."

O senador Gilvam Borges (PMDB-AP), um dos principais aliados de Renan no Conselho de Ética, disse estar disposto a ser o relator se nenhum senador se oferecer para o cargo. "Se realmente não houver outra alternativa, assumo esse compromisso. Não precisa nem ser uma comissão de três senadores, basta ser só eu."

Apesar de voltar atrás na relatoria por ser do mesmo partido de Renan, Raupp defendeu nomes do próprio PMDB para o cargo: Borges, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), Gerson Camata (PMDB-ES) e Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado.

Sibá já adiantou que vai entregar a relatoria a um partido da base aliada do governo com o argumento de que o relator original, senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), também era da base de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde a semana passada o presidente do Conselho de Ética não encontra um relator para substituir Cafeteira, que está de licença médica do Senado.

Os aliados relutam em assumir o cargo porque temem críticas da opinião pública se as investigações sobre o senador se restringirem às denúncias de que teria utilizado dinheiro da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento. A oposição defende que o conselho também investigue a movimentação financeira do senador, especialmente no que diz respeito ao seu rebanho de gado em Alagoas.

Prazo

Raupp disse acreditar que o processo contra Renan estará concluído antes do início do recesso parlamentar do mês de julho. "Acho que em 15 dias, com um relator ou três, dá para aprovar o relatório e colocá-lo em votação antes do recesso. Mas o conselho é soberano para decidir", disse.

Já o senador Gilvam Borges voltou a defender o prazo de 120 dias para que o relatório seja colocado em votação no conselho. A estratégia de aliados do presidente do Senado é adiar a votação do texto para que Renan saia do foco das denúncias.

Raupp e Borges defenderam que o conselho restrinja as investigações apenas sobre as denúncias que envolvem a Mendes Júnior --sem incluir a movimentação financeira do senador.

 

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