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28/06/2007 - 12h42

PSOL pede abertura de processo contra Roriz por quebra de decoro parlamentar

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PSOL protocolou nesta quinta-feira na Mesa Diretora do Senado Federal representação contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) por quebra de decoro parlamentar. O partido pede a abertura de processo contra o senador no Conselho de Ética com o argumento de que há indícios de que Roriz está envolvido em fraudes no desvio de verbas do BRB (Banco de Brasília).

"São denúncias gravíssimas. Só enriquece em política quem é ladrão. Não existe fórmula que leve alguém com salário a enriquecer. E se estão apresentado fórmulas mágicas para justificar o enriquecimento, têm que ser investigadas", disse a presidente do PSOL, Heloísa Helena (AL).

Na opinião da ex-senadora, o processo contra Roriz no Conselho de Ética não vai ofuscar as investigações já em andamento no órgão sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Renan é acusado de usar o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para pagar aluguel e pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento.

"A sociedade jamais aceitaria que um ou outro senador acabasse encostando no processo do outro para evitar apurações. Queremos a apuração rigorosa nos processos dos dois senadores", disse.

Heloísa Helena foi cautelosa ao ser questionada se já existem indícios de que Roriz quebrou o decoro parlamentar --como afirmou ontem o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP). Segundo a ex-senadora, o PSOL defende investigações justamente para apurar se o parlamentar cometeu irregularidades.

"Entendemos que existem indícios relevantes por quebra de decoro dos dois senadores. Até podemos ter o entendimento de que há quebra de decoro parlamentar, mas se solicitamos a investigação temos a obrigação de dar o direito de defesa."

Escutas telefônicas feitas pela Polícia Civil do Distrito Federal flagraram Roriz negociando a partilha de dinheiro com Tarcísio Franklin de Moura, ex-presidente do BRB, preso durante a Operação Aquarela.

A partilha seria feita no escritório de Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol. Neste mesmo dia, Constantino sacou R$ 2,2 milhões no BRB.

 

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