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02/04/2002 - 21h43

Veja o perfil dos novos ministros de Fernando Henrique

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da Folha Online

Veja o perfil dos novos ministros do presidente Fernando Henrique Cardoso.

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Euclides Scalco
Euclides Scalco - Secretaria-Geral
O farmacêutico Euclides Scalco, 70, é um dos fundadores do PSDB e amigo pessoal do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ocupa a presidência da Itaipu Binacional desde 1995 e também fez parte do "ministério do apagão" _a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica.

Scalco tem bom trânsito em todos os partidos. Desde o primeiro mandato de FHC, foi um dos principais interlocutores do presidente tanto em assuntos de energia como de política.

Na campanha da reeleição, em 98, foi o coordenador político do comitê de FHC. Cabia a ele resolver as disputas políticas entre aliados de FHC nos Estados. Apesar das ligações com o PSDB, mais de uma vez teve de colocar os interesses regionais do partido em segundo plano para assegurar a harmonia da coligação pró-FHC.

Com origem no PTB, Scalco estreou na política em 1961 como vereador em Francisco Beltrão (PR). Sua última disputa eleitoral foi em 1994, na chapa do tucano José Richa, candidato ao governo do Paraná. Saiu do PSDB no ano seguinte por discordar da filiação do grupo político do senador Álvaro Dias (hoje no PDT), seu adversário no Estado.

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Reale Jr., da Justiça
Miguel Reale Junior - Justiça
O jurista Miguel Reale Júnior é professor titular de direito penal da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) desde 1987. Foi secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo de 1983 a 1984, no governo Franco Montoro (PMDB), e secretário da Administração em 1995, no governo Mário Covas (PSDB).

O jurista foi assessor especial da presidência da Assembléia Nacional Constituinte e coordenador da Frente Nacional Parlamentarista.

Reale Júnior, que é filiado ao PSDB, substitui o ministro Aloysio Nunes Ferreira, que deixará o cargo para concorrer nas eleições de outubro deste ano.

Paulo Jobim - Trabalho
Paulo Jobim é um técnico em administração que fez carreira no governo federal durante o governo Fernando Henrique.

Sua nomeação para o Ministério do Trabalho é um reconhecimento por sua fidelidade e pelos "serviços prestados" ao longo dos últimos anos.

Ele já ocupou cargos de confiança em dois ministérios: no da Indústria, Comércio e Turismo e no do Trabalho. Nas duas ocasiões, Jobim acompanhou o ex-ministro Francisco Dornelles (PPB-RJ), que ocupou as duas pastas.

O próprio Dornelles foi o maior defensor da nomeação de seu "homem de confiança" para o ministério. O pepebista deixou o cargo para concorrer nas eleições de outubro, quando deve tentar uma vaga na Câmara ou no Senado.

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Guilherme Dias, Planejamento
Guilherme Dias - Planejamento
O economista Guilherme Dias, formado na USP, engrossa a lista de técnicos escolhidos por FHC para compor seu ministério nos últimos nove meses de governo.

Ele assumirá um setor estratégico do governo, principalmente em ano eleitoral, pois irá cuidar do Planejamento, Orçamento e Gestão dos recursos públicos.

Dias faz parte da equipe econômica do governo federal há muito tempo, e tem bom trânsito com os dois grupos econômicos que existem dentro do PSDB: os "monetaristas", liderados pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, e os "desenvolvimentistas", comandados pelos ex-ministros José Serra e Luiz Carlos Mendonça de Barros. Também já atuou como secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.

José Cechin - Previdência
José Cechin, 51, está no ministério da Previdência desde 1995 na função de secretário-executivo. Ele foi nomeado interino pelo presidente Fernando Henrique Cardoso depois de Roberto Brant entregar seu cargo com o rompimento oficial do PFL com o PSDB.

Cechin chegou à Previdência pelas mãos do então ministro Reinhold Stephanes. De lá para cá, já assumiu a Previdência interinamente mais duas vezes: durante a transição de Stephanes para Waldeck Ornélas e de Ornélas para Brant.

Com formação em engenharia e economia, Cechin assumiu a secretaria-adjunta de Planejamento Econômico da Presidência da República, de 1988 a 1992, atravessando as gestões de José Sarney, Fernando Collor e Itamar Franco.

Depois disso trabalhou no Tesouro Nacional e também participou com a equipe de FHC do plano de preparação do Real. Cechin também elaborou estudos preliminares sobre a privatização das empresas públicas de ferrovias, portos, energia elétrica e telecomunicações.

Mas foi na Previdência, onde assumiu a secretaria-executiva em agosto de 1995, que Cechin se destacou. Ele foi responsável pela reforma da Previdência, que alterou a forma de cálculo da aposentadoria de todos os trabalhadores pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

João Henrique Souza - Transportes
O deputado federal João Henrique Souza (PMDB-PI) está em seu terceiro mandato na Câmara. É formado em direito e, na área de transportes, apresentou o projeto que concede desconto de 50% em transportes coletivos rodoviários para deficientes físicos, idosos e estudantes.

Henrique é muito ligado ao senador Alberto Silva, um dos maiores líderes políticos do Piauí que comanda uma corrente política conhecida no Piauí como "albertismo" e foi responsável por obras polêmicas, como a construção do metrô de Teresina.

A indicação de João Henrique para o ministério fortalece o PMDB na disputa eleitoral pelo governo do Piauí. A legenda enfrentará o atual governador, Hugo Napoleão, que é filiado ao PFL, partido que rompeu com o governo federal após ação da Polícia Federal contra empresa de propriedade da pré-candidata à Presidência, Roseana Sarney.

Tanto o novo ministro dos Transportes quanto seus aliados fazem parte do grupo político que deu sustentação ao ex-governador Mão Santa, que sofreu processo de impeachment após receber uma série de denúncias de corrupção. Durante o período de acusações, eles romperam com Mão Santa.

Juarez Quadros - Comunicações
O novo ministro Juarez Quadros, tem um perfil técnico. Ex-funcionário do sistema Telebrás, Quadros assumiu a secretaria executiva do ministério em 1997, substituindo Renato Guerreiro, que foi indicado para a presidência da Anatel.

Quadros foi ministro interino após a morte de Sérgio Motta (em abril de 1998) e permaneceu na secretaria executiva até hoje.

Francisco Gomide - Minas e Energia
O novo ministro de Minas e Energia, Francisco Luiz Sibut Gomide, é engenheiro com carreira nas principais estatais do setor de energia do país. Como Euclides Scalco, Gomide também foi presidente da Itaipu Binancional e diretor da Copel, a energética do Paraná. Também prestou serviço para a ANA (Agência Nacional de Águas).

Gomide nasceu em Curitiba, em 30 de novembro de 1945. É engenheiro civil e economista formado pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e PhD em hidrologia e recursos hídricos pela Universidade do Colorado (EUA). O novo ministro é também professor titular de engenharia de Recursos Hídricos da UFPR.

José Carlos Carvalho - Meio Ambiente
Engenheiro florestal, formado pela Universidade Rural do Rio de Janeiro, nascido capixaba, mas criado nas Minas Gerais, José Carlos Carvalho, foi Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente. Era considerado braço direito do ex-ministro Sarney Filho.

Carvalho tem experiência com a área do meio ambiente. Foi ex-presidente do IBDF, ex-diretor do Ibama, perito florestal da FAO, diretor-geral duas vezes do IEF-MG, primeiro secretário do Meio Ambiente de Minas Gerais e secretário-executivo do Conama.

Caio de Carvalho - Esporte e Turismo
Caio Luiz de Carvalho (PSDB-SP), 51, é ex-presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo). Acumulou o Ministério de Esporte e Turismo a partir da saída de Carlos Melles, que deixou a pasta acompanhando decisão do PFL de romper com o governo FHC.

Especialista em turismo sem nunca ter sido empresário do setor, o paulistano Caio Luiz de Carvalho diz que a principal ação da sua gestão na Embratur foi a campanha contra o turismo sexual. Em 1997, com o apoio da Organização Mundial do Turismo (OMT), lançou campanha contra a prática. Acordos com Itália, França, Alemanha e Grã-Bretanha para expulsão e processo de turistas reduziram o fluxo do turismo sexual no país.

Leia mais no especial Eleições 2002

Veja também:
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