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04/07/2007 - 22h23

Vaga de Roriz será ocupada por suplente suspeito de irregularidades

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RENATA GIRALDI
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Com a renúncia de Joaquim Roriz (PMDB-DF) à vaga de senador, seu lugar no Senado Federal será ocupado pelo suplente, o ex-deputado distrital Gim Argello (PTB-DF). Argello é acusado de causar um prejuízo de R$ 1,7 milhão à Câmara Legislativa do Distrito Federal, além de responder a denúncias de que teria recebido propina.

O suplente poderá assumir o cargo depois que a renúncia de Roriz for publicada no "Diário Oficial" do Congresso.

Roriz chegou a cogitar uma renúncia em bloco --que incluiria Argello e seu segundo suplente, Marcos de Almeida Castro. A estratégia era garantir a realização de nova eleição para a vaga de senador pelo Distrito Federal --que seria aberta com a renúncia em bloco e obrigaria a realização de nova eleição para preenchimento do lugar.

A idéia inicial de Roriz era tentar usar essa brecha para tentar se eleger senador na nova eleição. Com divergências jurídicas sobre essa possibilidade, o senador acabou desistindo da renúncia coletiva e decidiu entregar o cargo de forma individual.

Argello é um dos vice-presidentes nacionais do PTB e já presidiu a Câmara Legislativa do DF, onde cumpriu dois mandatos como deputado (1998 a 2006).

Segundo reportagem publicada pela Folha, foi divulgado em 2002 um vídeo em que um deputado distrital diz a outro que Argello recebeu 300 lotes em troca de apoio a aprovação de lei que regularizava o condomínio Alto da Boa Vista, em Brasília.

Também enquanto comandava a Câmara do DF, Argello foi alvo de uma ação civil pública e um processo no Tribunal de Contas do DF --ainda não julgados definitivamente-- sob a suspeita de que estabeleceu contrato de informática para a Casa que causou um prejuízo de R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. Argello apresentou recentemente sua defesa nesse processo.

Outra pendência jurídica que o suplente de Roriz enfrenta é um inquérito no Tribunal Regional Federal da 1ª Região sob a suspeita de crime contra o sistema financeiro nacional. Consulta ao site da Receita Federal confirma que Argello tem pendência com o Fisco.

Já entre as ações que correm na Justiça de primeira instância do Distrito Federal, há o processo de um cabo-eleitoral que o acusa de não ter fornecido material de segurança para trocar cartazes afixados no alto de postes de iluminação. O cabo-eleitoral afirma que recebeu descarga elétrica que resultou na amputação de parte do braço e em queimaduras em 20% do corpo.

Na Justiça Eleitoral, Argello sofreu uma condenação em 2003 e foi obrigado a pagar multa de R$ 20 mil por fazer propaganda eleitoral irregular.

Com Folha de S.Paulo

 

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