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17/08/2007 - 10h14

Renan não declarou uso de aviões de Lyra em campanha

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da Folha Online

Documentos da empresa de táxi aéreo Lug mostram que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez pelo menos seis vôos durante a campanha de 2002 sem pagar pelo uso das aeronaves, informa nesta sexta-feira reportagem da Folha (íntegra disponível só para assinantes do jornal ou do UOL).

Segundo a reportagem, o senador não declarou o uso de aviões e helicópteros da Lug na prestação de contas à Justiça Eleitoral nem nos gastos nem nas doações. A Lug pertence ao usineiro João Lyra.

Depoimento

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), vai ouvir nesta sexta-feira, em Alagoas, o depoimento de Luiz Carlos Barreto, que foi diretor-executivo do jornal adquirido supostamente por Lyra e pelo presidente do Senado.

Em entrevista à TV Globo, o jornalista confirmou que, junto com o empresário Nazário Pimentel, vendeu duas empresas para Renan e para o usineiro.

Ontem, Tuma disse que Lyra não apresentou documentos que comprovam a participação do senador na operação de compra de um grupo de comunicação em Alagoas por meio de laranjas.

O corregedor disse, no entanto, que a situação de Renan ficou "delicada" após o depoimento do usineiro. Tuma ouviu Lyra ontem em Maceió (AL), em uma das empresas do usineiro.

Por telefone, o democrata fez um resumo do depoimento do empresário, que acusa Renan de ser seu sócio oculto para a compra de um grupo de comunicação por R$ 1,3 milhão, em Alagoas, por meio de laranjas.

Segundo o senador, Lyra entregou apenas um papel assinado por Renan, em nome do Senado, sobre a renovação da concessão de uma das rádios que integram o grupo. Mas apresentou uma pasta com documentos de Tito Uchôa --que seria um dos supostos laranjas usados por Renan--, que comprovariam o envolvimento do senador no esquema.

O usineiro alega que Uchôa era quem assinava os papéis da compra do grupo de comunicação em nome do presidente do Senado. Mas não entregou ao corregedor nenhum documento --além da autorização do Legislativo para a renovação de concessão da rádio-- com a assinatura de Renan.

"Ele [Lyra] entregou uma pasta com documentos para comprovar o envolvimento do Tito Uchôa que, segundo ele, era o representante do Renan na sociedade. O Lyra afirma que eles negociaram as dívidas e que todos os documentos foram assinados, segundo ele, pelo Tito Uchôa", explicou Tuma.

O corregedor disse que terá que ouvir Uchôa para apurar em detalhes as denúncias contra Renan. Tuma disse, porém, que ele está desaparecido, por isso ainda não marcou o depoimento do suposto laranja. "Ele é a pessoa que tem que ser ouvida ao lado do outro representante do senador [Carlos Santa Ritta, também apontado como laranja]", disse.

Avaliação

Tuma evitou fazer avaliações sobre o depoimento do usineiro. Mas admitiu que a situação de Renan não é boa neste momento. 'Fica uma situação bastante delicada.'

O corregedor disse que Lyra não colocou à disposição da Corregedoria do Senado seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. O advogado do usineiro argumentou que seu cliente só vai apresentar seus dados se receber uma determinação judicial. Tuma disse, no entanto, que o usineiro está disposto a "apresentar todas as informações necessárias" às investigações do Senado.

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