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Tuma deve propor acareação entre usineiro e suposto laranja
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RENATA GIRALDI
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), deve propor uma acareação entre o usineiro João Lyra e Tito Uchôa --apontado como laranja do senador Renan Calheiros (PMDB-AL)-- para apurar as denúncias de que o peemedebista teria usado terceiros na compra de um grupo de comunicação em Alagoas. Em carta encaminhada ao corregedor, Uchôa se mostrou disposto a participar da acareação e prestar esclarecimentos ao Conselho de Ética do Senado.
"A acareação é necessária. É uma situação delicada, que tem de haver esclarecimento", disse Tuma.
O corregedor está em Maceió (AL), onde ouviu os depoimentos de Lyra e Luiz Carlos Barreto, que foi diretor-executivo do jornal adquirido supostamente pelo usineiro e por Renan. Depois de ouvir na manhã de hoje o depoimento de Barreto, Tuma afirmou por telefone que está "mais delicada" a situação de Renan.
Segundo o corregedor, Barreto não apresentou provas, mas fez uma série de acusações que "comprometem" o presidente do Senado. Tuma disse ainda que recebeu documentos e recibos repassados por Lyra, nos quais existiriam comprovações de assinaturas de Uchôa. O corregedor ainda não analisou o material.
Barreto manteve a versão de Lyra sobre a participação de Renan na sociedade oculta, com o uso de laranjas na compra do grupo de comunicação. O ex-diretor do jornal disse que houve uma reunião entre Lyra, Renan e o empresário Nazário Pimentel --que teria vendido as empresas para o senador ao lado do próprio Barreto-- para definir a participação de cada um dos sócios no negócio.
Carta
Na carta encaminhada ao corregedor, o empresário afirma que tomou conhecimento pela imprensa das "descabidas acusações" feitas por Lyra envolvendo o seu nome. O usineiro afirma que Uchôa e Carlos Santa Ritta foram usados por Renan como laranjas na compra do grupo de comunicação.
Ontem, Tuma disse que Lyra não apresentou documentos que comprovam a participação do senador na operação de compra de um grupo de comunicação em Alagoas por meio de laranjas.
Segundo o senador, Lyra entregou apenas um papel assinado por Renan, em nome do Senado, sobre a renovação da concessão de uma das rádios que integram o grupo. Mas teria apresentado uma pasta com documentos de Uchôa que comprovariam o envolvimento do senador no esquema.
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