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Cabral defende Renan e diz ter apreço pessoal pelo senador
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LETÍCIA CASADO
da Folha Online
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), defendeu nesta segunda-feira o senador Renan Calheiros (AL), também do PMDB, alvo de denúncias. "Tenho apreço pessoal pelo senador Renan Calheiros, uma amizade de anos de partido e que nos últimos quatro anos, com a convivência no Senado, se estreitou. Torço para que ele possa se defender, apresentar suas provas", afirmou durante almoço em São Paulo, para uma platéia de 300 empresários.
"Eu fui senador, e a melhor coisa que a gente deve ter em mente é olhar o outro lado, como o outro lado vai reagir ao que a gente vai dizer. Num momento como esse, de tensão, um governador dizer como deve se comportar um senador é no mínimo uma deselegância", disse.
Renan é acusado de ter contas pessoais pagas por um lobista, de grilar terras, de favorecer uma empresa em interesse de sua família e é investigado por usar "laranjas" para adquirir um grupo de comunicação em Alagoas.
Cabral também disse que o presidente do partido, Michel Temer, quer que o PMDB lance candidato próprio nas eleições para a presidência, em 2010. E garantiu que não sairá candidato: "Só tem uma presidência que eu vou disputar nos próximos anos, que é a do Vasco da Gama, meu clube do coração."
Segundo ele, todos os grandes partidos devem pensar no assunto.
Crise aérea
O governador disse também que o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio, pode ser um distribuidor regional, auxiliando a mudança nas rotas de Congonhas. "Tem que melhorar a gestão da Infraero e haver mais serenidade na Anac [Agência Nacional de Aviação Civil]. Estamos no caminho", afirmou.
Apesar de o terminal 1 do aeroporto internacional estar em "péssimo estado", como definiu Cabral, já foram definidos os investimentos para a reforma desta parte do Galeão. Além disso, ele garantiu que o terminal 2 está "em excelente estado", o que vai permitir que os aeroportos paulistas sejam desafogados.
Ele defende a abertura de capital da Infraero para "ajustar a gestão", já que a empresa é superavitária.
Na sua opinião, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, está preparado para o cargo. "É um homem bem preparado, com experiência no Judiciário, Legislativo e Executivo, que respeita o diálogo, mas toma decisão", disse.
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