Publicidade
Publicidade
Luiz Gushiken diz que está com consciência tranqüila
Publicidade
da Folha Online
O ex-ministro Luiz Gushiken (Comunicação do Governo) divulgou nota na noite desta sexta-feira para comentar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que hoje à tarde aceitou a denúncia contra ele e mais 18 pessoas envolvidas no esquema do mensalão. Ele responderá pelo crime de peculato.
Gushiken disse que está com a consciência tranqüila, porque não participou de esquemas ou quadrilhas. "Não favoreci o desvio de recursos públicos e não descuidei de minhas obrigações legais", afirmou o ex-ministro na nota, divulgada por meio do escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Advocacia.
Segundo o Gushiken, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato --também envolvido no mensalão-- fez declarações mentirosas à CPI dos Correios, que também investigou o caso, o que convenceu os ministros a acatarem a denúncia contra ele. Porém, o ex-ministro não diz na nota quais foram as declarações.
O ex-ministro finaliza a nota ressaltando que confia "firmemente" na Justiça e acredita na sua absolvição.
Leia a íntegra da nota de Luiz Gushiken:
"NOTA À IMPRENSA
Quanto à decisão tomada, na data de hoje, por maioria de votos, pelo STF, que recebe a denúncia feita pela Procuradoria da República, manifesto-me da seguinte forma:
- o ministro relator do processo foi claro que, se estivesse, na data de hoje, decidindo o processo, teria me absolvido;
- quatro ministros revisaram o voto do relator, para dizer que não havia nem ao menos um indício confiável que apontasse a necessidade de abertura do processo para prolongamento das investigações contra minha conduta;
- que o senhor Henrique Pizzolato, autor das declarações que convenceram parte da Corte Suprema a votar pela abertura do processo, mentiu perante a CPMI quando se referiu à minha conduta, ainda que o tenha feito de maneira oblíqua e pouco clara;
- que, atualmente, movo processo contra o senhor Henrique Pizzolato por essas declarações, pleiteando dele a devida recomposição moral, em face de todos os desdobramentos a mim prejudiciais que as absurdas declarações dele me causaram;
- que nunca autorizei ou participei de qualquer desmando na gestão das verbas destinadas pelo Banco do Brasil ao Fundo Visanet; que, respondendo à época pela função de ministro da Secom, não tinha poder legal ou mesmo condições materiais para fiscalizar a gestão dessas verbas, o que competia exclusivamente aos órgãos de controle interno do próprio Banco do Brasil e, em sede externa, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público;
- que sempre estive e continuo com minha consciência tranqüila: não participei de esquemas ou quadrilhas, não favoreci o desvio de recursos públicos e não descuidei de minhas obrigações legais;
- que continuo confiando firmemente na Justiça e em minha absolvição, pois vi, no julgamento de hoje, que há homens que não se atemorizam em fazer valer a verdadeira Justiça, sem paixões ideológicas e com a devida impessoalidade.
São Paulo, 24 de agosto de 2007
Luiz Gushiken"
Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br
Leia mais
- Carlos Ayres Britto diz que mensalão motiva a indignação
- STF encerra terceiro dia de julgamento após 20 horas de debates
- STF aceita denúncia contra ex-ministro Anderson Adauto
- Valério e Simone Vasconcelos são réus por lavagem de dinheiro
- STF aceita denúncia contra ex-ministro Luiz Gushiken
- STF julga caso mensalão; veja lista dos denunciados
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice