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Senado acelera processo contra Renan para encerrar caso
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O Senado Federal decidiu hoje acelerar a tramitação do processo de cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para que o plenário da Casa possa votá-lo na semana que vem --caso o texto que sugere a perda de mandato do peemedebista seja aprovado amanhã pelo Conselho de Ética. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) vai se reunir amanhã à tarde, depois da votação no conselho, para analisar se há irregularidades no texto que for aprovado pelo órgão.
Diante da paralisia no Senado desde que as denúncias contra Renan vieram à tona, líderes do governo e da oposição concordaram com a proposta de acelerar o processo, o que foi sugerido pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que o senador Marco Maciel (DEM-PE) --presidente da CCJ-- se comprometeu a convocar sessão extraordinária ainda nesta quarta-feira para analisar o processo contra Renan.
"Amanhã, o Conselho de Ética vai votar o texto e o senador Marco Maciel estará pronto para fazer reunião extraordinária da CCJ. Os fatos em torno das denúncias são conhecidos, é preciso apenas se definir no voto", disse Agripino.
O primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), afirmou que vai colocar em votação o pedido de cassação do senador Renan um dia depois de recebê-lo da CCJ. Como esta semana há o feriado de 7 de setembro na sexta-feira, a expectativa é que o texto seja votado em plenário na semana que vem se o novo cronograma for seguido pelos parlamentares.
"Não há nada que poderá se acrescentar ou não à formação da opinião dos senadores para poder, no plenário da Casa, se manifestar. Por isso, devemos colocar o processo em votação", disse a líder do PT, Ideli Salvatti (SC).
Para o senador Renato Casagrande (PSB-ES) --relator do processo contra Renan no Conselho de Ética-- não há motivos para se retardar a votação. Assim como Casagrande, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que antecipar a votação do caso representa o "fim de uma agonia" para o peemedebista.
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