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PT se divide sobre cassação de senador; 6 integrantes votariam pela absolvição
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SILVIO NAVARRO
FERNANDA KRAKOVICS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Considerado um aliado certo até a reta final do processo de cassação, o PT se dividiu e gerou preocupação ontem entre os aliados que articulam para tentar salvar o mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros, na votação secreta na próxima quarta-feira.
Em conversas reservadas, integrantes da bancada petista diziam que Renan tinha assegurados 6 dos 12 votos do partido. Pelo menos quatro senadores da sigla votariam contra ele, e dois estariam indecisos.
Nas planilhas que circulam entre líderes aliados de Renan, já são considerados votos perdidos: Eduardo Suplicy (SP), Flávio Arns (PR), Augusto Botelho (RR) e Delcídio Amaral (MS). Na lista, há asteriscos sob os nomes de Aloizio Mercadante (SP) e Tião Viana (AC), apontando dúvidas sobre eles.
"Todos votarão de acordo com sua consciência. Não haverá decisão fechada [da bancada]", disse Suplicy. São apontados como votos seguros pela absolvição: Ideli Salvatti (SC), Sibá Machado (AC), Fátima Cleide (RO), Paulo Paim (RS), Serys Slhessarenko (MT) e João Pedro (AM).
No caso de João Pedro, que ocupa a cadeira como suplente do ministro Alfredo Nascimento, avaliação é que ele só optou pela cassação de Renan no Conselho de Ética porque a votação foi aberta. Na prática, tentou evitar desgaste de ficar sozinho unido ao grupo de Renan. "O meu voto é esse aí", disse, sorrindo, ao ser questionado pela Folha se repetiria o voto do conselho no plenário. Mas, nos bastidores, pelo menos três senadores petistas asseguraram que ele já anunciou que optará pela absolvição.
A líder do PT justificou a pulverização dos fotos da bancada. "Cada um vai votar conforme a sua cabeça. Há muito interesse da oposição em nos responsabilizar", disse Ideli.
Apesar do discurso de independência dos votos, foi a própria Ideli quem repreendeu Suplicy, na última reunião da bancada, por ele ter 'esvaziado' o argumento de Epitácio Cafeteira (PTB-MA) na sessão de leitura do relatório contra Renan. Na ocasião, Cafeteira dizia ter testemunhado um pedido de propina de Pedro Calmon, pai do advogado que defende a jornalista Mônica Veloso, para que ela não fizesse as denúncias contra Renan.
Aliados de Renan têm se mobilizado para impedir que votos considerados certos se modifiquem às vésperas da votação. O próprio presidente do Senado começou a disparar telefonemas. Ontem, ele convidou pessoalmente Suplicy para ir ao seu gabinete esclarecer as dúvidas que o petista afirmou ainda ter sobre o caso.
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