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20/05/2002 - 12h17

Lula diz que é contra voto obrigatório e reeleição

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da Folha Online

O pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu hoje uma reforma política que inclua o fim do voto obrigatório no país e o fim da reeleição.

Em entrevista pela manhã à rádio "CBN", Lula disse não haver ainda no PT um consenso de como se daria essa reforma, mas prometeu para agosto a apresentação de propostas de reforma política.

"Particularmente, se tivesse que votar hoje, seria contra o voto obrigatório. Acho que os partidos têm que convencer os eleitores a votarem", afirmou. "Eu gostaria que não tivesse reeleição. Acho que se você pertence a um partido político é possível dar prosseguimento às políticas sem reeleger a mesma pessoa. A sociedade brasileira precisa votar mais no partido do que nas pessoas."

Ele defendeu o fim do coeficiente eleitoral. Segundo a atual legislação, o peso de um voto em Estados pequenos é maior do que nos Estados grandes. Lula citou como exemplo o fato de que, em 1998, o PT e o PFL obtiveram o mesmo número de votos, mas o PT elegeu menos deputados por concentrar sua votação no Estado de São Paulo.

Reforma tributária
O petista defendeu a realização de uma reforma tributária que "desonere o setor produtivo, o setor de exportação e acabe com os impostos em cascata". "As pessoas que pensam em reforma tributária pensam em si próprio. Cada empresário tem uma proposta de reforma tributária para o seu setor. É preciso que haja uma reforma tributária para o país, que arrecade mais de quem ganha mais", afirmou.

Ele prometeu montar em seu primeiro ano de governo um grupo de trabalho para enviar para o Congresso Nacional uma proposta de reforma tributária.

Lula disse que foi mal interpretado quando se referiu à cobrança de 50% de imposto de renda, e que quer a cobrança de IR em cascata, começando a partir de uma alíquota de 5%. Segundo ele, essa é uma idéia pessoal e não do PT.

"É um crime um trabalhador ganhar R$ 3.000 e pagar 27,5% de imposto. O que eu propus é que a gente começasse com alíquotas menores, com 5%, até se chegar ao número que você quiser nos salários maiores. No Japão, por exemplo, é de 60%", afirmou. "Isso não está definido no programa de governo, é uma idéia minha."

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