Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/05/2002 - 16h39

Pré-candidatura de Serra à Presidência é marcada por obstáculos

Publicidade

da Folha Online
e da Folha de S.Paulo

O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra (SP), teve hoje finalmente definido o nome do vice na sua chapa: a deputada Rita Camata (PMDB-ES). A disputa do tucano à sucessão de Fernando Henrique Cardoso, porém, é marcada pelos obstáculos políticos e eleitorais, acusações a ex-assessores e disputas internas na base aliada.

Caso Gremafer

  • A Folha publicou no dia 8 de maio que o empresário Ricardo Sérgio de Oliveira ajudou a favorecer no Banco do Brasil em 1995 _como diretor do BB_ duas empresas, a Gremafer e a Aceto

  • As duas empresas pertencem a Gregorio Marin Preciado, que é casado com uma prima de Serra e foi sócio do presidenciável num terreno em São Paulo

  • Ricardo Sérgio arrecadou fundos para a campanha de Serra ao Senado em 1994

  • Mesmo inadimplentes com o BB, Gremafer e Aceto conseguiram do banco novo empréstimo e redução da dívida

  • O ex-diretor do BB diz que a decisão foi tomada em conjunto pela diretoria do banco

    Caso Vale do Rio Doce

  • Essa é outra acusação que envolve o nome do ex-caixa de campanha de Serra. No início de maio, a revista "Veja" publicou que Ricardo Sérgio teria cobrado propina do presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, no valor de 15 milhões (não está claro se em dólares ou reais)

  • A propina seria uma recompensa por reunir fundos de pensão estatais em torno do consórcio liderado pela CSN que, em 1997, comprou a Companhia Vale do Rio Doce

  • Sem a ajuda de Ricardo Sérgio, Steinbruch dificilmente teria vencido o consórcio liderado pelo grupo Votorantim no leilão de privatização

  • Ricardo Sérgio disse, em nota, que a acusação é uma "mentira sórdida"

    A novela do vice

  • Em 20 de março, o PSDB convidou o PMDB a indicar vice de Serra. O nome preferido pelos tucanos era Jarbas Vasconcelos, governador de Pernambuco

  • Em 2 de abril, Jarbas surpreende e anuncia que vai concorrer à reeleição em seu Estado

  • Seguiu-se uma onda de especulações, e o prefeito de Joinville (SC), Luiz Henrique, chegou a anunciar que tinha aceitado convite para ser o vice, mas depois foi desautorizado pelo partido

  • A cúpula do PMDB pressiona para que o vice seja do Nordeste. O deputado federal Henrique Alves (RN) é o favorito, mas reportagem publicada pela revista "IstoÉ", sobre supostas contas bancárias em paraísos fiscais, faz com que o nome do deputado fosse retirado da disputa

  • Serra, então, faz pressão para a escolha entre o senador Pedro Simon (RS) e a deputada Rita Camata (ES), que acaba vencendo a disputa

    Arapongagem

  • Em 14 de março, a Folha publicou que o Ministério da Saúde contratou serviços de contra-espionagem da Fence Consultoria Empresarial Ltda., empresa do Rio que atua com "assessoramento e segurança de comunicações em linhas telefônicas"

  • Entre abril de 1999 _quando Serra era ministro da Saúde_ até 13 de março de 2002, foram pagos pelos serviços R$ 1,19 milhão

  • Conforme a Folha apurou, a Fence, além de varreduras eletrônicas, também tem capacidade de fazer escutas telefônicas, embora a execução desse tipo de serviço seja negada tanto pela empresa quanto pelo ministério

  • Pefelistas sugeriram que Serra usou serviços da empresa contra a então pré-candidata do partido à Presidência, Roseana Sarney

    Dengue

  • Em 17 de janeiro, Serra lançou sua pré-candidatura à Presidência da República sob o lema "nada contra a estabilidade, tudo contra a desigualdade"

  • No mesmo dia, o Estado do Rio contabilizou as duas primeiras mortes de epidemia de dengue que atingiu o país

  • Como ministro da Saúde, Serra foi criticado pela volta da doença


    Leia mais no especial Eleições 2002
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade