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13/06/2002 - 20h20

Agente de viagem acusa governo do RS de irregularidades

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da Agência Folha, em Porto Alegre

A agente de viagens Maria Angela Fachini, em depoimento dado ontem ao Ministério Público do Rio Grande do Sul disse que mentiu quando depôs à CPI da Segurança Pública, no final do ano passado. À época ela teria confirmado uma doação de R$ 3.000 para ajudar na compra de um prédio que se tornaria a sede do PT em Porto Alegre. Ela também fez novas denúncias envolvendo o governo do Estado.

A CPI da Segurança Pública investigou supostas ligações do governo gaúcho com o jogo do bicho. O prédio do Clube de Seguros da Cidadania -entidade composta por integrantes do PT- foi cedido em comodato para o partido. Para os integrantes da CPI, o prédio teria sido comprado com dinheiro do jogo do bicho e o Clube de Seguros da Cidadania seria uma empresa de fachada para arrecadar dinheiro ao PT.

O presidente do Clube à época e principal investigado pela CPI, Diógenes Oliveira, negou que a compra do prédio tenha sido feita com dinheiro do jogo do bicho e apresentou uma lista de doadores que ajudaram na compra do prédio. Maria Angela seria uma das doadoras, fato que ela confirmou na época e, agora, desmente.

Outras nove pessoas que também foram apresentadas como sendo doadoras de dinheiro para a compra do prédio foram indiciadas pelo Ministério Público estadual acusadas de também terem forjado declarações de empréstimos para o Clube da Cidadania.

Maria Angela disse que mentiu para ajudar o amigo Diógenes de Oliveira, então presidente do Clube de Seguros da Cidadania, e seu patrão na Pangea Turismo. Resolveu "falar a verdade" agora por se sentir ameaçada por ex-presidente do clube.

Novas denúncias
Em seu depoimento ao Ministério Público, a agente de turismo também apresentou documentos para provar que a Pangea Turismo, de Diógenes_ era beneficiada em contratos assinados com o governo do Estado.

Antes de trabalhar com Diógenes, Maria Angela era dona da ASM Turismo e Viagens. Mesmo com a empresa fechada, contou ela ao Ministério Público, Diógenes sugeriu que a ASM participasse de um processo para prestar serviços de transporte aéreo e hospedagem a 115 delegados enviados pela Secretaria da Saúde à 11ª Conferência Nacional da Saúde, realizada em dezembro de 2000, em Brasília.

A ASM ofereceu a melhor proposta, mas quem acabou prestando o serviço foi a Pangea Turismo, segunda colocada.

"A ASM não apresentou documentos necessários na Secretaria da Fazenda, então foi chamada a segunda colocada", informa a diretora administrativa da Secretaria da Saúde do Estado, Odete Gialdi. Seis empresas de turismo participaram do processo.

Leia mais:

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