Após licença de Renan, Tião diz que pretende pacificar o Senado

O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), disse nesta segunda-feira que a Casa não vai decepcionar a sociedade com a decisão que pretende tomar ainda hoje sobre o encaminhamento da quinta representação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) por quebra de decoro. O petista destacou também que o pedido de licença do peemedebista vai contribuir para a diminuição da tensão no cenário político.

"A instituição deve ser sempre maior do que nós neste momento que estamos passando. Acho que ninguém vai se decepcionar com a conduta do Senado Federal", afirmou o petista.

Em seguida, Tião Viana disse que a "intenção do presidente do Renan foi permitir o distensionamento da Casa". "E a minha intenção é permitir a pacificação na Casa, sem com isso abrir mão das prerrogativas éticas, imparcialidade e respeito."

O petista comandará a reunião da Mesa Diretora do Senado, marcada para as 16h, para decidir se vai encaminhar a quinta representação contra Renan ao Conselho de Ética da Casa. O senador é acusado de montar um dossiê para espionar os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO) e posteriormente submetê-los à chantagem.

O esquema de espionagem teria sido conduzido pelo assessor especial de Renan, o ex-senador Francisco Escórcio. Demóstenes ficou sabendo do plano de espionagem por Pedrinho Abrão, empresário e ex-deputado por Goiás.

Escórcio teria pedido a ajuda de Abrão para grampear os telefones dos senadores e fotografá-los embarcando de jatinhos de empresários da região. Abrão é dono de um hangar e de uma empresa de aviação em Goiânia.

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