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Vale quer investigação da PF contra invasores de estrada de ferro
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da Folha Online
A Companhia Vale do Rio Doce protocolou na Polícia Federal pedido de apuração dos crimes de formação de quadrilha contra os manifestantes --liderados pelo MST-- que ocuparam a Estrada de Ferro Carajás, no sudeste do Pará. Eles desocuparam a ferrovia ontem depois de a Vale conseguir uma liminar de reintegração de posse.
Em nota, a Vale informa que pede para "que autoridade policial apure crimes cometidos e seus autores, a saber: formação de quadrilha, desobediência à ordem judicial e impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro".
Além disso, a Vale informa que enviou ofício ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) "manifestando a preocupação com as conseqüências decorrentes de queimadas e/ou corte de vegetação para a instalação do acampamento".
Em nota, a Vale informa que os manifestantes "desobstruíram a Estrada de Ferro Carajás, mas continuam acampados em área próxima à ferrovia".
Por conta disso, a Vale informa que decidiu instalar placas de advertência sobre os riscos de cruzar a via férrea. "A Vale destaca que já havia construído no local uma passagem subterrânea, que não está sendo utilizada por vários dos invasores, o que pode representar risco de vida para as pessoas", diz a nota.
Histórico
A ferrovia, da Companhia Vale do Rio Doce, foi invadida anteontem em um trecho em Parauapebas (836 km de Belém). Os trens voltaram a circular pela estrada, com restrições, no fim da tarde de ontem. O tráfego havia sido interrompido na quarta-feira pela manhã.
Movimentos de garimpeiros da região também se uniram aos sem-terra na ação. Os manifestantes protestam contra a atuação da mineradora no Pará e reivindicam a reestatização da companhia, privatizada há dez anos.
Representantes do governo do Estado foram ao local para negociar a liberação da ferrovia. Lideranças do MST dizem que conseguiram marcar para a próxima semana uma reunião com representantes do governo federal em Brasília para discutir as reivindicações. Mas pretendem deixar o local somente após o encontro.
Com Agência Folha
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