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22/10/2007 - 13h41

Temporão diz que que existe "canal de diálogo" na oposição para votar CPMF

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CLAYTON FREITAS
da Folha Online

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta segunda-feira que até mesmo dentro da oposição existem posições favoráveis a prorrogação da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. Ele citou os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Minas, Aécio Neves (PSDB).

"Mesmo dentro da oposição existem vozes que se colocam a favor da prorrogação. O governador Serra, e eu tive em Minas Gerais com o governador Aécio e ele esteve muito simpático a ser um canal também de diálogo e conversação. Então você vê aí que existem espaços de conversa", disse Temporão.

Ele afirmou que o impasse sobre a prorrogação da cobrança da CPMF o coloca em uma "situação totalmente contraditória". "Temos assim uma situação totalmente contraditória. Ao mesmo tempo em que eu estou brigando por aumentar os recursos disponíveis, existe a hipótese de serem retirados 40% do orçamento do ministério. Então a conta não fecha", afirmou ele se referindo ao risco da prorrogação da CPMF não ser aprovada até 31 de dezembro.

Em seu discurso, Temporão disse que a CPMF é "totalmente social". Segundo ele, o valor destinado neste ano à área de saúde proveniente do chamado "imposto do cheque" será de R$ 16 bilhões, o equivalente a 40% dos recursos da pasta. O restante vai para a Bolsa-Família e complementação de aposentadorias pagas aos trabalhadores do campo, de acordo com o ministro.

Para ele, é necessário uma discussão "conjuntural" a respeito da CPMF e não de "fundo ideológico". "Eu fico preocupado pois o ministério depende muito [do valor]. Quarenta por cento do que eu recebo este ano vem da CPMF e a área econômica diz que não tem outra fonte", disse.

Temporão afirmou ainda que é favorável a uma discussão "conceitual" do imposto. No entanto, ele diz enfrentar uma questão prática. "Quando se entra na questão estrutural, tudo bem, têm-se críticas e pode aperfeiçoar. A questão é que se até o dia 31 de dezembro ela [CPMF] não for renovada, você vai perder um recurso substancial", disse.

O ministro realizou uma palestra para sindicalistas ligados à Força Sindical, em São Paulo, onde debateu políticas de saúde do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os presentes estava o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP).

Emenda 29

Para o ministro da Saúde, formas de ampliar os recursos destinados à área que administra passam por dois pontos principais: a regulamentação imediata da emenda 29 --que obriga os Estados a aplicarem em saúde 12% da arrecadação de impostos, e os municípios 15%, além de definir claramente quais são os reais gastos na área--, e a implementação das fundações estatais de direito privado.

Temporão afirmou acreditar que a regulamentação da emenda 29 vai corrigir distorções de gastos que são computados como sendo da saúde, mas não são. A revisão desses gastos possibilitará elevar a receita destinada à área.

As fundações, segundo o ministro, não são "privatizações". "Trata-se de um novo modelo, poderemos pagar salários maiores, profissionalizar a gestão e acabar com as indicações políticas para cargos na saúde", disse.

Entre as principais mudanças, ela estabelece regime diferenciado para contratação de pessoal, passando do regime jurídico único (como é atualmente) para a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Essa mudança, segundo Temporão, possibilitaria agilizar contratações, demissões e rever a planilha de salários e benefícios pagos a novas vagas.

Apesar de ser alardeada como um dos principais trunfos para melhorar a gestão de serviços de saúde públicos, a proposta é questionada por integrantes da própria Força Sindical.

Em manifesto distribuído aos sindicalistas presentes e ao próprio ministro, o SinSaúdeSP (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços da Saúde de São Paulo), prega o fim do que consideram a "terceirização em estabelecimentos de serviços em saúde".

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Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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