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Suspeita é "uma informação perdida no ar", diz Berzoini
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FELIPE SELIGMAN
RANIER BRAGON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Enquanto parlamentares petistas negavam ou evitavam comentar a suspeita de que a Cisco teria "doado" R$ 500 mil para o PT em contrapartida para algum tipo de benefício em licitação na Caixa Econômica Federal, deputados e senadores de oposição foram ao ataque e até cogitam a criação de uma CPI para investigar o caso.
O presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse que tal suspeita é "uma informação perdida no ar". "O PT não tem qualquer relação com essa empresa. Consultei membros da Executiva do partido e pedi um levantamento sobre doações. Todos afirmaram que não conhecem e não têm nenhuma relação com ninguém da empresa", afirmou.
"No PT, são três ou quatro pessoas responsáveis por essa atividade [buscar recursos para o partido]. Eles foram questionados e não encontramos nada". O deputado também disse que desconhece a existência de contrato entre a CEF e a Cisco.
O líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ), afirmou que o nome do PT foi usado de forma "leviana". "Quem utilizou a expressão PT, utilizou-se de maneira leviana. Porque o PT não tem nenhuma relação com essa empresa", disse.
Já o senador Sibá Machado (PT-AC) considerou "preocupante" os indícios contra o partido. "Porque passamos recentemente por um período muito conturbado. Uma má notícia como essa levanta novamente suspeitas contra o PT", disse. "Espero que seja alarme falso."
A Folha passou o dia de ontem no Congresso à procura de parlamentares petistas para ouvi-los sobre as suspeitas. A maioria preferiu não comentar. Para o senador José Agripino (RN), líder do DEM, "mais uma vez o PT está envolvido em suspeitas de má conduta. Parece que nunca vai terminar essa cadeia de suspeitas".
Já o líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP), disse que as acusações são "graves". "Vamos analisar para ver se cabe a criação de uma CPI." O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) vai pela mesma linha: "Vamos solicitar ao Banco Central o rastreamento das contas do PT. Mas as evidências são suficientemente graves para que se crie CPI".
A Folha revelou ontem que a Polícia Federal gravou conversas telefônicas entre empresários do setor de informática que relatam uma "doação" de R$ 500 mil ao PT como contrapartida para algum tipo de benefício numa licitação da CEF.
A informação está em relatório da PF, que investigou por dois anos o suposto grupo criminoso. Na última semana, foram presos 42 acusados de formação de quadrilha, sonegação fiscal e corrupção de agentes públicos, entre outros crimes.
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Pergunto: Porque a FSP não teve a devida honradez e seriedade de dizer qual foi o escritório de auditória e quem pagou por este serviço.
Na reportagem seguinte em que a CEF nega ter favorecido a Damovo do Brasil, porque ocorreu em um item em que a empresa não foi vencedora, a FSP explica que a PF (Polícia Federal), ao investigar o caso de suposta sonegação fiscal envolvendo a multinacional americana Cisco Systems no Brasil, identificou pagamentos feitos por empresas ligadas a ela ao PT.
Pergunto: Foram identificados pagamentos apenas ao PT e a nenhum outro partido?
Mais adiante a FSP diz: A contrapartida, suspeitam os “investigadores”, seria uma alteração no edital citado.
Pergunto: Que investigadores? Certamente devem estar falando dos investigadores da FSP.
Já na reportagem de hoje a FSP estampa em sua manchete que ”Damovo fez doação para PT em 2002 e 2006”. Mais adiante, segundo a mesma reportagem, para o comitê financeiro da campanha de Lula, foram doados pela Damovo R$ 100 mil há cinco anos e R$ 15 mil no ano passado --os valores constam da prestação de contas de Lula entregue ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Pergunto: O que tem de errado aí, além da ma fé da FSP nesta reportagem?
Lastimável ter que ler "isto" passivamente.
Sds,
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Nota: Não sou funcionário da Polícia Federal, estou falando do que tenho visto ultimamente, bons trabalhos e honestidade norteando as ações bem desenvolvidas da PF.
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