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Governistas dizem que não precisam do PSDB para aprovar CPMF no Senado
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em meio às negociações do governo com o PSDB para a aprovação da proposta que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011, líderes da base aliada já acreditam na aprovação da matéria sem o apoio dos tucanos --com um placar apertado pró-CPMF. Em contas otimistas, governistas apostam que terão 53 dos 49 votos necessários para a aprovação da PEC (proposta de emenda constitucional) da CPMF, com pequenas dissidências entre os aliados.
O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), calcula que 18 dos 20 senadores da legenda votarão favoravelmente à prorrogação da CPMF. Se os demais partidos da base tiverem apenas um ou duas dissidências na votação da PEC, Raupp calcula que a CPMF poderá ser prorrogada sem o apoio do PSDB.
"Dá para passar com a base, sem o PSDB. Se tiver todo mundo junto, teremos votos para aprovar. No PMDB, eu contaria com 18 votos. Se o bloco governista liderado pelo PT perderem até dois votos, conseguimos a aprovação", disse.
Raupp admite, no entanto, que haverá dissidências dentro do bloco da base aliada do governo --como a do senador Mozarildo Cavalvanti (PTB-RR). "O senador Mozarildo tem dito que não vota, mas de repente é possível reverter. Se o PSDB liberar sua bancada, teremos pelo menos três ou quatro votos a favor da CPMF. Se fechar questão contra, teremos que trabalhar duro para manter a base unida", afirmou.
O líder disse que a decisão mais "coerente" ao PSDB neste momento seria a liberação da bancada, uma vez que o partido já deu início às negociações com o governo para votar favoravelmente à prorrogação da CPMF. Os tucanos impuserem seis condições que devem ser atendidas pelo governo em contrapartida ao apoio da legenda à CPMF.
Terceiro mandato
O PSDB chegou a mostrar disposição em apoiar a prorrogação da CPMF se tiver os seus pleitos atendidos, mas endureceu o tom nos últimos dias em meio à articulação de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o terceiro mandato do petista. Os tucanos argumentam que poderão romper as negociações se a discussão sobre o terceiro mandato ganhar força.
Em meio ao impasse com o PSDB, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), subiu hoje à tribuna da Casa para negar a possibilidade de mudanças constitucionais que poderiam garantir o terceiro mandato ao presidente Lula.
"É impensável, inexeqüível, que se queira mudar a Constituição para ampliar mandato de qualquer presidente da República, ou do presidente Lula. Não procede a intenção do presidente ou do governo de buscar mudança constitucional para fazer qualquer tipo de manobra para se fazer mais de uma reeleição, como permite a Constituição."
Jucá desautorizou deputados a discutirem o tema, já que alguns parlamentares se articulam na Câmara para colocar em votação PEC que permite um novo mandato aos ocupantes de cargos no Executivo --mesmo para quem já tenha disputado a reeleição.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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