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14/07/2002
-
10h20
da Folha de S.Paulo
Responsáveis por jornais avaliados no projeto do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro enxergam mérito e utilidade no levantamento, mas chamam a atenção para as armadilhas da classificação do noticiário.
Para Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha, estudos como esse ajudam a aperfeiçoar o trabalho da imprensa, "em especial quando têm a chancela de um instituto sério como o Iuperj".
Ele nota, porém, que a atribuição de conceitos como "positivo", "negativo" e "neutro" é "sempre passível de controvérsia quando aplicada a casos concretos".
Frias Filho ressalta que o tripé formado por apartidarismo, pluralidade e crítica "faz parte da essência programática da Folha".
Em sua avaliação, disso resulta empenho para que os textos sejam tão descritivos e isentos quanto possível, o que ajudaria a explicar o elevado índice de noticiário considerado "neutro".
"Mas jornalismo não é estatística", pondera. Ele acha normal que a candidatura Serra tenha merecido mais espaço na Folha. "Sua viabilização foi a grande incerteza política no período analisado."
Também o diretor de Redação de "O Globo", Rodolfo Fernandes, vê com reservas o procedimento de classificar as reportagens nas três categorias.
Em seu entender, os critérios serão sempre relativos. "Serra dar nota 7,5 para o governo Fernando Henrique é "positivo" ou "negativo'? E Ciro dizer que vai alongar o perfil da dívida interna? E Lula afirmar que o PT mudou?"
Apesar da ressalva, ele considera o trabalho relevante para avaliar os rumos da cobertura. Acrescenta que "O Globo" faz semanalmente seu levantamento do espaço destinado aos candidatos à Presidência a ao governo do Rio.
"Até aqui, os propósitos de equilíbrio, imparcialidade e profundidade vêm sendo atendidos", diz. "Os resultados do Iuperj confirmam nossa pesquisa interna."
Ele observa ainda que o "positivo" para a imprensa e o leitor nem sempre o é para os candidatos. "Por eles só publicaríamos o blá-blá-blá de campanha, e nosso objetivo é justamente aproveitar a eleição para debater políticas públicas relevantes para o país e suas reais chances de implantação."
Procurada, a direção do "Estado" não quis se manifestar sobre as conclusões da pesquisa.
Veja também o especial Eleições 2002
Com ressalvas, jornais aprovam estudo sobre cobertura eleitoral
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Responsáveis por jornais avaliados no projeto do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro enxergam mérito e utilidade no levantamento, mas chamam a atenção para as armadilhas da classificação do noticiário.
Para Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha, estudos como esse ajudam a aperfeiçoar o trabalho da imprensa, "em especial quando têm a chancela de um instituto sério como o Iuperj".
Ele nota, porém, que a atribuição de conceitos como "positivo", "negativo" e "neutro" é "sempre passível de controvérsia quando aplicada a casos concretos".
Frias Filho ressalta que o tripé formado por apartidarismo, pluralidade e crítica "faz parte da essência programática da Folha".
Em sua avaliação, disso resulta empenho para que os textos sejam tão descritivos e isentos quanto possível, o que ajudaria a explicar o elevado índice de noticiário considerado "neutro".
"Mas jornalismo não é estatística", pondera. Ele acha normal que a candidatura Serra tenha merecido mais espaço na Folha. "Sua viabilização foi a grande incerteza política no período analisado."
Também o diretor de Redação de "O Globo", Rodolfo Fernandes, vê com reservas o procedimento de classificar as reportagens nas três categorias.
Em seu entender, os critérios serão sempre relativos. "Serra dar nota 7,5 para o governo Fernando Henrique é "positivo" ou "negativo'? E Ciro dizer que vai alongar o perfil da dívida interna? E Lula afirmar que o PT mudou?"
Apesar da ressalva, ele considera o trabalho relevante para avaliar os rumos da cobertura. Acrescenta que "O Globo" faz semanalmente seu levantamento do espaço destinado aos candidatos à Presidência a ao governo do Rio.
"Até aqui, os propósitos de equilíbrio, imparcialidade e profundidade vêm sendo atendidos", diz. "Os resultados do Iuperj confirmam nossa pesquisa interna."
Ele observa ainda que o "positivo" para a imprensa e o leitor nem sempre o é para os candidatos. "Por eles só publicaríamos o blá-blá-blá de campanha, e nosso objetivo é justamente aproveitar a eleição para debater políticas públicas relevantes para o país e suas reais chances de implantação."
Procurada, a direção do "Estado" não quis se manifestar sobre as conclusões da pesquisa.
Veja também o especial Eleições 2002
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