Governo tira adesão da Venezuela ao Mercosul da lista de prioridades do Congresso, diz líder

O governo excluiu da pauta de prioridades a votação da proposta que determina a adesão da Venezuela ao Mercosul. A decisão foi tomada para evitar que temas de interesse do Palácio do Planalto, como a conclusão da reforma política, sejam prejudicados em decorrência da polêmica que envolve a questão venezuelana.

"Não é uma sangria desatada [votar a questão da Venezuela]. Esse assunto está andando. Não podemos transformar a questão em algo tenso", disse o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), ao confirmar que o tema está fora das prioridades listadas pela base aliada que apóia o Palácio do Planalto.

Na semana passada, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou por 44 votos favoráveis e 17 contrários à adesão da Venezuela ao Mercosul. A aprovação ocorreu em meio a uma longa e tumultuada sessão. A oposição resiste à inclusão dos venezuelanos no bloco econômico.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que dificilmente o projeto de adesão poderá entrar em pauta até o final do período legislativo, que acaba no dia 22 de dezembro. "Não creio que se consiga votar isso ainda este ano", disse o petista.

Para Fontana, a votação da adesão da Venezuela ao Mercosul deve ocorrer no início de 2008. Da Câmara, a proposta segue para o Senado onde deve ser submetida a análises nas comissões de Relações Exteriores e de Constituição e Justiça, só depois irá a plenário.

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