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28/11/2007 - 11h45

Veja cronologia dos principais fatos da crise que atinge Renan

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da Folha Online

O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), renovou nesta quarta-feira seu afastamento do cargo por mais 34 dias. Ele estava licenciado da presidência do Senado desde 11 de outubro e deveria voltar no dia 26 de novembro.

Renan renovou a licença depois que o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), adiou para o início de dezembro a votação do processo de cassação que tramita contra ele. A decisão de Viana foi tomada depois que a oposição decidiu atrasar a entrega do relatório sobre o caso na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa.

Alan Marques /Folha imagem
Renan se licencia da presidência do Senado após enfrentar cinco meses de denúncias
Renan se licencia da presidência do Senado após enfrentar cinco meses de denúncias

Nesse processo, Renan é acusado de usar "laranjas" para comprar um grupo de empresas de comunicação em Alagoas. O senador nega as acusações.

Veja abaixo a cronologia dos principais fatos sobre o escândalo que atinge Renan:

26 de maio: Revista "Veja" publica reportagem na qual revela que Renan recebia recursos da empreiteira Mendes Júnior, por meio do lobista Cláudio Gontijo, para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento. De acordo com a revista, Gontijo arcaria com o pagamento do aluguel de R$ 4.500 de um apartamento de quatro quartos em Brasília e com a pensão mensal de R$ 12 mil para a jornalista.

28 de maio: Renan usa a tribuna do Senado para pedir perdão à família e desculpas ao lobista Cláudio Gontijo, pela exposição de seu nome.

6 de junho: O Conselho de Ética do Senado instaura processo contra Renan por quebra de decoro parlamentar.

11 de junho: Renan se antecipa e entrega sua defesa no processo contra suposta quebra de decoro parlamentar ao Conselho de Ética da Casa.

13 de junho: Primeiro relator do caso Renan, senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) apresenta parecer no qual diz que não há provas contra o peemedebista e sugere o arquivamento do processo. Durante a sessão do conselho para votar o parecer de Cafeteira, o presidente do órgão, Sibá Machado (PT-AC), adia os trabalhos para 15 de junho. Oposição defende que a jornalista Monica Veloso seja ouvida.

14 de junho: Reportagem veiculada no "Jornal Nacional", da TV Globo, informa que foram encontradas supostas irregularidades nos documentos apresentados por Renan na defesa feita ao Conselho de Ética. O relator Epitácio Cafeteira diz que não muda parecer porque seu relatório foi elaborado anteriormente às denúncias do jornal.

15 de junho: Após novas denúncias contra Renan, Conselho de Ética adia votação do relatório de Epitácio Cafeteira para 19 de junho. Antes de concordar com o adiamento, Cafeteira ameaçou entregar o cargo de relator do caso. Só desistiu depois de receber um telefonema de sua mulher durante a sessão do conselho.

16 de junho: Polícia Federal faz perícia em documentos que Renan apresentou ao Conselho de Ética para tentar comprovar venda de R$ 1,9 milhão em gado em quatro anos. O objetivo é comprovar a autenticidade dos documentos. Policiais federais vão ao Senado para recolher os documentos para dar início à análise de notas fiscais, cópias de cheques e guias de trânsito animal disponibilizados por Renan.

18 de junho: Relator do caso Renan, senador Epitácio Cafeteira pede afastamento do Conselho de Ética por dez dias. Ele alegou motivos de saúde. Em substituição a Cafeteira, o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado, assume interinamente a relatoria do caso.

18 de junho: Durante sessão do conselho, o advogado Pedro Calmon Filho leu um termo de declaração em nome de sua cliente, a jornalista Mônica Veloso, no qual afirma que recebia os pagamentos via lobista Cláudio Gontijo em 'dinheiro vivo' e que era ela mesmo quem depositava a quantia em sua conta bancária. O lobista Cláudio Gontijo também presta depoimento ao conselho e admite que emprestou seu apartamento várias vezes para Renan e que foi incumbido de entregar dinheiro para a jornalista. Porém, negou que o dinheiro fosse seu ou da Mendes Júnior. Após os depoimentos, Sibá Machado, adia para 20 de junho a votação do relatório favorável a Renan.

19 de junho: Reportagem da Folha revela que o laudo do INC (Instituto Nacional de Criminalística), órgão da Polícia Federal, compromete a versão de Renan ao apontar conflito entre as datas nas quais ele teria vendido lotes de gado e aquelas em que há registro de ingresso em suas contas bancárias do valor obtido com a transação comercial.

19 de junho: Renan encaminha ao Conselho de Ética cópias de novos documentos que indicariam que não houve duplicidade nos recibos apresentados por ele referentes à compra de gado em Alagoas. No plenário, senadores do PMDB e PDT defendem afastamento de Renan da presidência. Mas o peemedebista nega que esteja disposto a deixar o cargo. À noite, a PF entrega resultado da perícia realizada nos documentos apresentados por Renan. No relatório, a PF confirma veracidade de notas de Renan, mas faz ressalva sobre transações.

19 de junho: Aliado de Renan, senador Wellington Salgado (PMDB-MG) é escolhido o novo relator do processo contra Renan em substituição a Epitácio Cafeteira, que pediu licença do cargo por motivos de saúde.

20 de junho: Conselho de Ética adia mais uma vez a votação do processo contra Renan. Após o adiamento, o relator Wellington Salgado cumpriu a promessa e entregou o cargo.

26 de junho: Sibá Machado renuncia à presidência do Conselho de Ética do Senado.

27 de junho: Senador Leomar Quintanilha, aliado de Renan, é eleito novo presidente do Conselho de Ética do Senado.

4 de julho: Conselho de Ética do Senado escolhe três relatores para o processo contra Renan: Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE).

1º de agosto: PSOL protocola nova representação na Mesa Diretora do Senado contra Renan para investigar se o parlamentar beneficiou a empresa Schincariol junto ao INSS, além das acusações de que o peemedebista teria grilado terras em Alagoas junto com seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).

4 de agosto: Revista "Veja" publica nova reportagem contra Renan na qual informa que o senador é sócio oculto de uma empresa de comunicação em Alagoas. Ele teria usado laranjas e pago R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo, parte em dólares, para virar sócio de duas emissoras de rádio em Alagoas, que valem cerca de R$ 2,5 milhões.

6 de agosto: O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, pede ao STF (Supremo Tribunal Federal) abertura de inquérito para investigar Renan.

7 de agosto: O ministro do STF Ricardo Lewandowski determina a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Renan e aceita o pedido de abertura de inquérito feito pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, para investigar o peemedebista nas denúncias sobre a Mendes Júnior.

8 de agosto: O Conselho de Ética do Senado decide que vai analisar separadamente as novas representações contra Renan para evitar atrasos nas investigações que já tiveram início.

9 de agosto: O corregedor do Senado, Romeu Tuma, decide abrir investigação para apurar a denúncia de que Renan teria usado laranjas para a compra de rádios e de um jornal em Alagoas.

16 de agosto: Mesa do Senado encaminha terceira representação contra Renan ao Conselho de Ética da Casa referente a denúncias de que o senador teria usado laranjas na compra de um grupo de comunicação em Alagoas.

16 de agosto: O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), ouve depoimento do usineiro João Lyra, em Maceió (AL), sobre a operação de compra de um grupo de comunicação em Alagoas por meio de laranjas. Tuma diz que a situação de Renan ficou 'delicada' após o depoimento do usineiro.

21 de agosto: Polícia Federal entrega resultado da perícia realizada nos documentos de Renan. Segundo o laudo, Renan não conseguiu comprovar os rendimentos do peemedebista com a venda de cabeças de gado em Alagoas entre os anos de 2003 e 2006. Renan alega, em sua defesa, que os rendimentos eram suficientes para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso.

Segundo o laudo, os documentos apresentados por Renan não foram suficientes para mostrar que ele tinha capacidade econômico-financeira para pagar pensão à jornalista.

23 de agosto: Reportagem da Folha informa que fazendas de Renan têm contabilidade fictícia, segundo o laudo da Polícia Federal. A reportagem relata que a principal lacuna na atividade rural declarada pelo senador não é o valor de venda do gado mas a ausência de recibos que provam despesas de custeio nas fazendas. Além disso, essa falta de registros gerou distorções em sua evolução patrimonial.

23 de agosto: Renan presta depoimento de duas horas aos três relatores do Conselho de Ética para explicar detalhes da perícia que a Polícia Federal realizou em seus documentos. Para Marisa Serrano e Renato Casagrande, o senador não conseguiu comprovar que tinha recursos para pagar pensão à jornalista. O único relator a se convencer com as explicações de Renan foi Almeida Lima, um dos principais aliados do peemedebista no Senado.

24 de agosto: O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha, defende votação secreta para o relatório do primeiro processo contra Renan do órgão. Mas diz que vai submeter ao plenário do conselho a decisão sobre o tipo de votação a ser implementada no primeiro processo contra Renan. Começa a discussão sobre o tema.

28 de agosto: Consultores jurídicos do Senado recomendam ao presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), a realização de votação secreta no relatório do primeiro processo contra Renan.

28 de agosto: O secretário-adjunto da Mesa Diretora do Senado, Marcos Santi, pede demissão do cargo em protesto contra um 'parecer encomendado' que impede que a votação do processo contra Renan no Conselho de Ética seja aberta.

28 de agosto: Renan defende votação secreta para o relatório do primeiro processo a que responde no Conselho de Ética.

29 de agosto: Renan nega que tenha influenciado a consultoria jurídica a elaborar um parecer favorável à votação secreta no processo a que responde por quebra de decoro parlamentar.

29 de agosto: A consultoria jurídica do Senado divulga novo parecer, solicitado pelo senador José Agripino (DEM-RN), no qual afirma que a votação no Conselho de Ética em processos de perda de mandato pode ser aberta.

30 de agosto: O senador Almeida Lima apresenta ao Conselho de Ética do Senado relatório em que defende a absolvição de Renan.

30 de agosto: Com 70 páginas, o relatório dos senadores Marisa Serrano e Renato Casagrande sobre o primeiro processo contra Renan no Conselho de Ética aponta oito razões para que o peemedebista perca o mandato.

30 de agosto: O plenário do Conselho de Ética decide, por 10 votos a 5, que a votação do relatório do processo contra Renan será aberta. Mas adiou para 5 de setembro a votação do relatório do processo contra o peemedebista.

31 de agosto: A Polícia Federal começa a investigar denúncia de um esquema de lavagem de dinheiro que envolveria o senador Renan.

4 de setembro: Na véspera da votação do relatório que pede a cassação de seu mandato no Conselho de Ética, Renan discursa por mais de meia hora no plenário para rebater as denúncias de que é acusado.

5 de setembro: Por 11 votos a quatro, o Conselho de Ética do Senado aprova o relatório dos senadores Marisa Serrano e Renato Casagrande que pede a cassação do mandato do senador Renan.

5 de setembro: No mesmo dia em que o conselho aprova o relatório recomendando a cassação, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprova, por 20 votos a um, o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que considera legal e sem vícios constitucionais o projeto que pede a cassação de Renan. Com a aprovação da CCJ, o projeto que recomenda a perda de mandato do presidente do Senado segue para votação no plenário do Senado.

6 de setembro: PSOL ingressa com nova representação na Mesa Diretora do Senado com pedido de investigação de Renan. O partido cobra do Conselho de Ética apuração das denúncias reveladas pelo advogado Bruno Lins, de que Renan participaria de esquema de desvio e lavagem de dinheiro em ministérios chefiados pelo PMDB.

11 de setembro: Um dia antes de o plenário do Senado decidir seu futuro político, Renan descarta a possibilidade de renunciar ou se licenciar do cargo. A renúncia seria uma estratégia para preservar o seu mandato como senador.

12 de setembro: Plenário do Senado absolve Renan. O placar foi: 35 votaram pela cassação de Renan e 40 pela absolvição, além de seis abstenções.

20 de setembro: Mesa Diretora do Senado decide encaminhar para o Conselho de Ética da Casa a quarta representação contra Renan por quebra de decoro parlamentar. O pedido cobra investigações sobre a denúncia de que Renan teria participado de um esquema de desvio de dinheiro em ministérios chefiados pelo PMDB.

6 de outubro: Reportagem da Folha revela que Francisco Escórcio, assessor especial de Renan, tentou um plano para espionar os senadores goianos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB).

9 de outubro: PSDB e DEM protocolam quinta representação contra Renan para investigar a denúncia de que o presidente do Senado estaria montando um dossiê contra senadores de oposição com o objetivo de chantageá-los.

10 de outubro: Senador Jefferson Peres (PDT-AM) aceita convite de Quintanilha para relatar o terceiro processo por quebra de decoro contra Renan. Neste processo, Renan é acusado de usar "laranjas" para comprar um grupo de comunicação em Alagoas.

11 de outubro: Renan se licencia da presidência do Senado por 45 dias para se defender das denúncias de quebra de decoro parlamentar.

22 de outubro: Renan pede licença de dez dias do mandato parlamentar.

23 de outubro: A Mesa Diretora do Senado aprova o sobrestamento (adiamento) da decisão de encaminhar a sexta representação contra Renan ao Conselho de Ética da Casa.

05 de novembro: Após a licença médica de dez dias, Renan retoma atividades no Senado e descarta tirar novo afastamento.

05 de novembro: Após a licença médica de dez dias, Renan retoma atividades no Senado e descarta tirar novo afastamento.

14 de novembro: Por nove votos favoráveis e cinco abstenções, o conselho aprovou o relatório de João Pedro (PT-AM), que recomendou o arquivamento das denúncias de que Renan teria trabalhado para reverter dívida de R$ 100 milhões da Schincariol junto ao INSS depois que a cervejaria comprou fábrica de seu irmão, Olavo Calheiros (PMDB-AL), por preço acima do mercado.

14 de novembro: Com 11 votos favoráveis e três contrários, o Conselho de Ética do Senado aprovou o relatório do senador Jefferson Péres (PDT-AM) que recomenda a cassação do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) por quebra de decoro parlamentar. Nesse processo, Renan é acusado de usar "laranjas" para comprar um grupo de comunicação em Alagoas.

21 de novembro: Renan renova sua licença da presidência do Senado até o dia 29 de dezembro. Ele deveria retornar ao cargo no dia 26 de novembro, mas renovou o afastamento por mais 34 dias.

28 de novembro: Por 17 votos a três, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou o relatório do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) que recomenda o envio ao plenário do parecer do senador Jefferson Péres (PDT-AM), que pede a cassação do mandato de Renan.

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Comentários dos leitores
Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h27
Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h27
E o pior de tudo é que se juntarmos todos eles ainda estaria longe de se formar uma pessoa digna. sem opinião
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Wilson Carvalho (32) 19/10/2009 16h30
Wilson Carvalho (32) 19/10/2009 16h30
Nós aqui do POVÃO tambe´m temos nossos cinco candidatos a presiência..
1) O Coveiro do Cemitério Araça (adora enterrar o povão na lama)
2) O mendigo que mora debaixo da ponte (tá cheio de atanto "papelão")
3) Meu cachorro Rex (Late mas não morde)
4) Minha sogra (vai com Deus...não aceito devoluções)
5) O Papagaio Louro de meu vizinho (fala...fala mas nem sabe o que tá falando)
Mas se faltar mais um suplente...Nós aqui temos a solução.
Vamos contratar todosos nossos parentes para "nos dar uma forcinha"...De quebra cadaum devolverá 30% de seus vencimentos brutos em espécia....
Isso sim que é política...
M-A-R-A-V-I-L-H-A
sem opinião
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Wilson Carvalho (32) 16/08/2009 16h53
Wilson Carvalho (32) 16/08/2009 16h53
Vote nulo...ou melhor...nem compareça as urnas....
Perder tempo com estes canalhas????
Nunca mais!
Prefiro uma revolução ARMADA!
2 opiniões
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