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30/11/2007 - 16h59

PMDB vai aguardar votação da CPMF para cobrar nomeação de Lobão

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RENATA GIRALDI
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O comando do PMDB decidiu aguardar a conclusão da votação da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) no Senado para cobrar a nomeação do novo titular do Ministério de Minas e Energia. O nome já foi escolhido, o do senador Edison Lobão (PMDB-MA), aliado e amigo pessoal do senador José Sarney (PMDB-AP).

A Folha Online apurou que as articulações em torno do nome de Lobão se intensificaram nos últimos dias, depois que os peemedebistas obtiveram informações de que o Ministério Público havia decidido denunciar o ex-ministro da pasta Silas Rondeau.

O ex-ministro deve ser denunciado por suposta prática de crimes relacionados à Operação Navalha --que revelou um esquema de fraude em licitações públicas comandadas pelo empreiteiro Zuleido Veras.

Porém, para o PMDB, o que importa é manter a pasta sob o controle do partido. Para evitar tumultos e sobressaltos às negociações em torno da CPMF, o comando do partido, sob orientação de Sarney, decidiu esperar o segundo turno da votação da proposta para pressionar o governo pela nomeação de Lobão.

Paralelamente, o indicado a futuro ministro de Minas e Energia sofre com críticas internas dos próprios peemedebistas. Lobão teria o controle político do fundo Postalis (dos Correios) e também da Brasilcap --instituto de capitalização do Banco do Brasil.

Internamente, peemedebistas querem que Lobão, assim que assumir o ministério, abra mão de suas indicações no Postalis e na Brasilcap. A cobrança não foi exposta abertamente, mas sugerida sutilmente nas últimas reuniões do PMDB.

Denúncia

Rondeau deixou o ministério em maio. Tinha o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de retornar se ficasse de fora do rol de denunciados da Operação Navalha, mas tal possibilidade está descartada. Desde que Rondeau deixou o cargo, a pasta vem sendo ocupada interinamente pelo ministro Nelson Hubner.

Pesa contra o ex-ministro de Minas e Energia, conforme investigação da Polícia Federal, a suspeita de ter recebido um pagamento de propina de R$ 100 mil de Zuleido Veras. O dinheiro seria uma contrapartida pela liberação de aditivos a contratos firmados pela Cepisa, a estatal de energia do Piauí, que teriam beneficiado a empreiteira.

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