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Jefferson Péres diz que Senado tem o "dever moral" de votar pela cassação de Renan
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Responsável por recomendar a cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética do Senado, o senador Jefferson Péres (PDT-AM) disse nesta terça-feira que os parlamentares têm o "dever moral" de votar pela perda do mandato do peemedebista. Na opinião de Péres, a cassação de Renan será uma resposta às críticas que o Senado vem recebendo nos últimos meses --desde que a crise atingindo o presidente licenciado da Casa teve início, no final de maio.
"A imagem do Senado, a partir de hoje, ou entra num processo de recuperação ou desmorona de vez", disse. Na defesa da cassação, Péres disse que as provas concretas do envolvimento de Renan com o usineiro João Lyra para a compra de um grupo de comunicação em Alagoas não são necessárias para configurar a quebra de decoro parlamentar do peemedebista.
"Provas cabais, só se exige no processo judicial, não no processo político", disse. O relator reconheceu, no entanto, que as chances de Renan ser cassado são pequenas, mas disse que elas existem. "Se os senadores fizerem uma reflexão da importância disso para a instituição, fico otimista. Se levarem em conta aspectos pessoais ou partidários, só tenho a lamentar."
O senador criticou a possibilidade de um "acordão" para garantir a absolvição de Renan que estaria sendo articulado por senadores do PT e PMDB. Pelo suposto acordo, os petistas votariam pela absolvição de Renan em troca do apoio dos peemedebistas à prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.
"Os senadores que votarem pela absolvição ou se abstiverem por consciência ou convencimento pessoal, eu respeito. Mas se for por uma acordo, eu não tenho respeito algum", disse Péres.
Outro lado
Em entrevista à Folha Online, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) rebateu nesta segunda-feira a possibilidade de um "acordão" para salvar Renan, divulgada por partidos de oposição. Segundo o senador, uma prova de que não há fechamento de questão na bancada para absolver Renan é que o petista votará pela cassação.
"O caso Renan já dura quase seis meses. Houve votos em todas as bancadas [pela absolvição] no primeiro processo, que continuam divididas. Ninguém tem dúvidas que tiveram votos na base aliada pela cassação. A oposição também não votou unida, isso é matemático", afirmou.
Mercadante também negou que as seis abstenções no primeiro processo de cassação de Renan no plenário do Senado --que acabaram resultando na absolvição do peemedebista-- tenham sido de senadores do PT. "Se fôssemos votar como bancada, seriam 12 senadores pela abstenção. O próprio senador Mão Santa [PMDB-PI] declarou que se absteve", disse o petista.
Segundo o senador, o PT não poderá ser responsabilizado pela eventual absolvição de Renan no plenário do Senado.
No processo, Renan é acusado de firmar sociedade oculta com o usineiro João Lyra para comprar duas rádios e um jornal em Alagoas. Os dois teriam usado laranjas na operação de compra do grupo de comunicação --acusação que é desmentida pelo presidente licenciado do Senado.
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1) O Coveiro do Cemitério Araça (adora enterrar o povão na lama)
2) O mendigo que mora debaixo da ponte (tá cheio de atanto "papelão")
3) Meu cachorro Rex (Late mas não morde)
4) Minha sogra (vai com Deus...não aceito devoluções)
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Mas se faltar mais um suplente...Nós aqui temos a solução.
Vamos contratar todosos nossos parentes para "nos dar uma forcinha"...De quebra cadaum devolverá 30% de seus vencimentos brutos em espécia....
Isso sim que é política...
M-A-R-A-V-I-L-H-A
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Perder tempo com estes canalhas????
Nunca mais!
Prefiro uma revolução ARMADA!
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