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Renúncia de Renan tumultua julgamento e sucessão toma conta da sessão
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RENATA GIRALDI
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O anúncio de Renan Calheiros (PMDB-AL) de que renunciava à presidência do Senado tumultuou hoje o julgamento do processo que pede a cassação do mandato do peemedebista por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de usar laranjas para comprar empresas de comunicação no interior de Alagoas.
Em vez de discutirem o processo, os senadores passaram a discutir o processo de sucessão. Pelo regimento, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), tem cinco dias para convocar nova eleição. Viana disse hoje que os líderes partidários devem se reunir na terça-feira (11) da próxima semana para discutir o processo eleitoral.
O petista afirmou que não vai dar início ao processo sucessório sem o aval dos líderes partidários. "Vou agir sem nenhum tipo de precipitação", disse o petista.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), pediu tempo para que a oposição possa se preparar para a disputa pela presidência da Casa. "A oposição precisa de tempo para nos prepararmos para um combate. Queremos tempo, ou para aceitar o candidato que nos for sugerido, ou tempo para buscar a vitória sobre este candidato se ele não for do agrado da oposição", afirmou o tucano.
Ao todo, Virgílio interrompeu a sessão por duas vezes para pedir informações sobre a sucessão à presidência do Senado.
Uma hora
Só depois de uma hora de discussão, a sessão marcada para julgar o futuro do senador Renan Calheiros começou a discutir o processo que pede a cassação do mandato do peemedebista.
Antes de o assunto ser discutido, Renan anunciou sua decisão de renunciar à presidência do Senado, senadores reclamaram de um suposto esquema de espionagem e houve até parlamentar querendo saber qual era o assunto principal a ser tratado na sessão.
O senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) pediu a palavra para questionar o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC). "Presidente, eu quero saber o que nós estamos votando? Porque aqui se discute tudo, mesmo o que diz respeito a esse processo [referindo-se ao caso de Renan Calheiros]", reagiu.
Sentado na primeira fileira de cadeiras do Senado, Renan só se levantou para fazer o pronunciamento, no qual informou sobre sua renúncia. Ele se sentou ao lado dos senadores Eulides Mello (PRB) e João Tenório (PSDB), ambos de Alagoas.
Renan não demonstrou desconforto nem nervosismo. Com um sorriso nos lábios, ele conversa com os senadores que estão ao seu lado, é cumprimentado por vários outros parlamentares e ainda é acompanhado de longe pela mulher, Verônica Calheiros, que ocupa uma das 44 cadeiras da tribuna de honra do plenário do Senado.
O senador Gerson Camatta (PMDB-ES) pediu a palavra para reclamar que a votação que será realizada nesta terça-feira será secreta e não aberta. Segundo ele, a Mesa Diretora do Senado sob comando de Tião foi autoritária. "O que está em julgamento não é o mandato de Renan, mas a instituição [Senado] que vem desde o império", disse.
A segurança do Senado só permitiu a entrada de funcionários e jornalistas credenciados na Casa. A medida evitou que curiosos pudessem acompanhar de perto a sessão. Eles tiveram de ficar nas galerias da parte superior do Senado.
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1) O Coveiro do Cemitério Araça (adora enterrar o povão na lama)
2) O mendigo que mora debaixo da ponte (tá cheio de atanto "papelão")
3) Meu cachorro Rex (Late mas não morde)
4) Minha sogra (vai com Deus...não aceito devoluções)
5) O Papagaio Louro de meu vizinho (fala...fala mas nem sabe o que tá falando)
Mas se faltar mais um suplente...Nós aqui temos a solução.
Vamos contratar todosos nossos parentes para "nos dar uma forcinha"...De quebra cadaum devolverá 30% de seus vencimentos brutos em espécia....
Isso sim que é política...
M-A-R-A-V-I-L-H-A
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Perder tempo com estes canalhas????
Nunca mais!
Prefiro uma revolução ARMADA!
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